Capítulo 20. Medo do futuro
No dia seguinte, passei uma base no rosto para disfarçar o cansaço de uma noite mal dormida. Acordei as crianças, organizei a tradicional fila para o banho, para por o uniforme, escovarem os dentes, pegarem as mochilas e tomarem café antes de levá-las para a escola.
Minha cabeça ainda rodava com a correria de todas as manhãs, quando ouvi uma voz furiosa atrás de mim na calçada da escola.
– O que você tem com o Eduardo? – Uma Beatriz furiosa me esperava na porta da escola, às 7h30 da manhã. Por sorte, as crianças já tinham entrado e eu estava sozinha na calçada, com apenas alguns pais e outras babás por perto.
– O quê?
– Não se faça de sonsa! O que você tem com o Eduardo? Por que ontem ele queria se explicar para você?
– Não sei do que você está falando. Ele não queria explicar nada para mim, não tenho nada com o Eduardo.
Beatriz não acreditou e agarrou meu braço com força para machucar, cravando as unhas na minha pele. Nesse momento percebi que por trás da fachada de mulher rica e de