O relógio marcava nove da noite quando Milena chegou à casa de Rafaella. Com sua bolsa pendurada no ombro, ela abriu um dos bolsos e das chaves. Sentindo um misto de ansiedade e cansaço, ela entrou na casa, fechando a porta suavemente atrás de si.
Ao cruzar a sala, Milena jogou-se no sofá, ainda abalada com tudo o que havia acontecido. As ameaças de Pâmela continuavam ecoando em sua mente, como um pesadelo do qual não conseguia acordar. Rafaella, que estava no quarto, percebeu a chegada da amiga e foi recebê-la com um olhar preocupado.
— Milena!? — sussurrou Rafaella, esfregando os olhos sonolentos enquanto se aproximava. — Aconteceu alguma coisa?
Milena, com o rosto escondido atrás de uma almofada, levantou a cabeça lentamente. Seus olhos estavam avermelhados e marejados. Ela jogou os cabelos para trás e, com uma voz carregada de frustração, respondeu:
— Uma maluca farsante! — balbuciou, balançando a cabeça em negação. — Dominic não percebe que aquela louca não é a mãe do filho dele.