Milena, ainda um pouco assustada, continuou olhando para Rafaella com os olhos arregalados, como se a qualquer momento fosse ser surpreendida por algo terrível. Ela encarou os fundos dos olhos de Rafaella, como se procurasse ali alguma resposta, alguma verdade, e perguntou novamente, a voz trêmula de medo e tristeza:
— O que tem ele, Rafaella? — A pergunta saiu quase como um sussurro, enquanto Milena sentia uma pontada afiada de medo e tristeza atravessar seu peito.
Rafaella pegou nas mãos geladas da amiga, respirou fundo para encontrar forças, e respondeu com a voz carregada de pesar e preocupação:
— Eu vi o seu pai ontem... — murmurou, sem soltar as mãos de Milena. — Você estava dormindo quando ele chegou... Ele veio até a minha porta e perguntou se eu tinha alguma notícia de você. — Explicou Rafaella, enquanto Milena começava a olhar freneticamente para os lados, como se tentasse escapar dos próprios medos que a cercavam.
— Como assim?... Ele... Ele vai me achar, Rafaella. — A voz