Francesco Eu estava completamente frustrado com a atitude da Giulia e de saco cheio com o que o Victorio estava fazendo. Claro que ele me contou sobre o homem misterioso que, aparentemente, sem conhecer a minha filha a ajudou e não deixou ele chegar a centímetros dela e o faro dele ter aparecido na minha frente com o olho roxo me dizia sim que o homem era de coragem Victorio – Eu cumpri a minha parte no acordo, aliás, fiz isso e muito mais, não precisava sair igual a um doido atrás da Giulia, ela é quem deveria seguir os meus passos, se rastejar a mim. Onde já se viu eu ter que ensinar aquela menina mimada a como ser um Damasceno Ele estava furioso e queria descontar tudo em cima de mim, não estava nem mais se importando com o que minha esposa iria pensar. Eu nunca fui inocente sobre o que o Victorio um dia já sentiu pela minha esposa e, na verdade, eu não me importava, a Valerie merecia ser uma Biancchi e apenas isso, umas das mulheres mais bonitas da alta sociedade não poderia ser
CarloEu sou o responsável por manter essa família, eu e apenas eu, se não fosse assim, quando a minha esposa foi embora, todo o nosso mundo também teria ido embora com elaEu entendo perfeitamente os motivos do meu menino ter escolhido a Patrizia, mas o que ele não entendia era que essa mesma escolha iria leva-lo para a ruína, eu sei porque também aconteceu comigo A minha amada esposa também foi escolhida a dedo, mas diferente disso outros chefes, que. A escolheu foi o meu coração e não os membros do alto escalão. Linda, com uma beleza rara, cabelos negros como a escuridão da noite, olhos grandes e igualmente negros, como uma jabuticaba, mas seu olhar continha a doçura e a elegância caminhando unidasA minha Luna foi a mulher mais ordeira que caminhou na face dessa terra e a mais perfeita dentro da Máfia, tão perfeita que eu tinha que até mesmo, escondê-la dos meus companheiros que não escondiam sua admiração pela minha mulherEu nunca ousei trai-la, nunca, nem mesmo em pensamento,
GiuliaEu ainda estava me sentindo perdia, realmente, aquela minha capacidade de me socializar, de distribuir sorrisos para onde quer que eu fosse, deixei que, com o tempo, fosse se escondendo dentro do meu coração. Penso que o fato de eu estar ali, tentando uma nova vida, não me fazia parar de pensar no que o futuro me aguardavaEu conhecia o Victorio, na verdade, eu ouvi falar muito dele. Aquele homem frequentava a minha casa, eu o considerava da família, meu pai sempre quis assim, sempre fez questão que eu o atendesse com cortesia e, sério, fazia isso com prazer, nunca imaginei que teria segundas intenções naquelas visitas, mesmo porque, o Victório era muito mais velho do que eu, uns trinta anos mais velhoSim, eu já sonhei com o meu momento de princesa, momento em que encontraria o meu príncipe encantado, que viria montado em um cavalo branco, para me salvar da torre mais alta do castelo, sonhei que construiríamos nossos sonhos juntos, nossos próprios castelos e viveríamos felizes
EnricoEu estava exausto, mas não de cansaço de corpo e sim, daquela história toda. Eu sempre soube que meu pai tinha se utilizado da história dos inimigos nos atacando para me tirar a Patrizia, eu sempre soube que o sobrenome por trás da minha desgraça era Grecco, mas nunca quis falar isso em voz altaAcontece que, meu pai já tinha passado dos limites, nada justificava a sua atitude, aquela história de que tudo aconteceu para o meu bem só era compreensível dentro da sua mente insana. O Guilhermo queria falar comigo, fechar alguns pontos do novo carregamento, pelo o que ele me disse, meio que por alto, a casa Nostra estava reivindicando território que não eram deles, tentando colocar a soberania do nome acima de tudoNão, as coisas não aconteciam dessa forma, a Camorra conquistou aqueles territórios, conquistou aqueles portos e pontos de distribuição, o fato de estarmos tendo sucesso em tudo que a nossa mão tocava, não tinha nada a ver com a decadência dos negócios da outra casaMas c
GiuliaEu acordei com a claridade entrando pela janela, sem saber onde eu estava e muito menos, lembrando o que eu tinha feito. As imagens da noite anterior vinham em flash estão na minha mente, mas eu sabia que não era inocente Meu corpo ainda estava nu, apenas coberto com uma manta fina de microfibra, os meus pelos estavam arrepiados por conta da brisa fresca que vinha de algum lugar que eu não conseguia ver, acho que mesmo que eu estivesse em meu pleno juízo, não conseguia distinguir por qual fresta que ela entravaA minha cabeça latejava em dor, estava pesada, meus olhos ardiam, queriam ficar fechados. Eu me levantei e olhei ao redor, me situando onde eu estavaA imagem do Enrico tocando a minha pele, sugando o bico do meu seio, me beijando e me fodendo com força ficaram focadas e daí, eu tinha percebido a burrada que tinha feito na noite anterior“Giulia, como você é burra! Você não deveria ter bebido desse jeito, quem é o Victorio para te deixar tão mal, tão vulnerável!Eu não
Enrico Guilhermo – Não, espera um pouco, eu acho que não entendi direito. O que foi que você fez? Enrico – Você entendeu perfeitamente bem. Eu disse que passei a noite com a Giulia, disse que fodi ela e o pior de tudo, eu gostei muito Eu me culpava por aquilo, por permitir que a minha mente se deliciar com cada memória que insistia em aparecer SM minha mente. Os detalhes... eu sentia, mesmo não estando mais na presença da Giulia, a maciez da sua pele, o seu cheiro, o seu gosto Eu acordei bem cedo, às cinco da madrugada e, já sem o efeito da bebida, mesmo que pouca, senti o peso do arrependimento. A Giulia estava deitada no sofá não meu escritório, com os cabelos jogados em cima do rosto e os braços também. Linda... Não posso negar que me culpem, a Giulia não tinha culpa das minhas lutas com os meus próprios demônios, ela não merecia ser colocada no meio da minha podridão. Digo isso porque. Quando olhei ela naquele momento, ali, tão vulnerável. Tão a minha mercê, considerei transfo
O herdeiroMeu nome é Enrico, sou o próximo Don da família Grecco, tenho 27 anos e essa é a história da minha vida, de como eu virei capo e como foi tudo até aqui. Na verdade, minha história não foi muito diferente dos outros herdeiros da máfia, mas eu sempre quis que fosse. Assim eu não ia experimentar esse sofrimento que carrego dentro do peito. Como um doce dado para uma criança e arrancado logo em seguida. Só que junto com o doce, tinha meu coração arrancado dentro do peito e vivia ou sobrevivia quebrado. Dizem que o sofrimento transforma as pessoas, faz com que elas deixem de acreditar nas coisas do alto e só olhem para o próprio umbigo, que elas deixem de ter esperança, de sonhar. Eu nunca almejei herdar o trono do meu pai, mas como primogênito, não teve outro jeito. Só se sai da máfia morto, e eu preferia viver fingindo que estava tudo bem e sem exercer meu verdadeiro propósito, além de conviver com o vazio do luto, do que perder a vida.Sempre invejei o meu irmão Giancarlo, e
GIULIAMeu nome é GIULIA, tenho vinte e um anos, morena da cor do pecado, com olhos castanhos claros e cabelos cheios com ondas e encaracolados. Muito abençoada pelo cara lá de cima e hoje eu vou contar como o meu conto de fadas virou meu pesadelo pessoal de um dia para o outro. Eu cresci achando que o mundo era meu, que eu podia fazer qualquer coisa que eu quisesse, e nem precisava me esforçar para isso. Meus pais sempre me deixaram viver assim, tendo tudo na minha mão, no topo do mundo, ainda mais sendo filha única e mais ainda fazendo parte de uma família importante da Itália.Meu pai sempre disse ser um empresário bem-sucedido e que eu não precisava me preocupar com nada a não ser comigo. Eu vivi nessa ilusão até acabar a minha faculdade, o curso que eu escolhi com tanto carinho e que achava mesmo que ia seguir na minha carreira, abrir meu próprio negócio. A minha vida era resumida em tecido e linha, analisar as mulheres, os panos que as cobriam e imaginar o quanto eu podia melh