Hunter Knoefel
Eu implorei ao delegado que me deixasse subir primeiro. Ele disse que não poderia permitir, mas acrescentou que também não tinha como me impedir de subir pela escada, enquanto ele usaria o elevador. Alertou ainda que demoraria, já que o elevador estava lá em cima. Não pensei duas vezes: parti para a escada, subindo os degraus de três em três, sentindo meu coração martelar no peito.
Cheguei tão rápido que, mesmo que o elevador tivesse parado no andar de baixo, ainda assim eu teria chegado primeiro. Toquei a campainha. Imaginei que, ao olhar pelo olho mágico, ele não abriria. Mas para a minha surpresa, Edward abriu a porta com aquele olhar cínico, todo dono de si.
Eu poderia ter feito um discurso inteiro: chamar ele de escroto, de covarde, lembrar que ameaçou atirar na barriga de uma mulher grávida, que a jogou dentro de um buraco, que bateu nela sem piedade. Mas preferi não gastar palavras. Apenas desferei um soco direto em seu rosto, tão forte que o fez cair no chão. Cu