Capítulo 0003

Hotel Califórnia Beach, 07:00 AM...

O lugar era enorme, passei pela grande porta giratória de vidro adentrando no saguão do hotel. Levei os olhos por todo lugar, observando o quão grande ele era.

Um hotel luxuoso com um estilo de praia, onde vários turistas passavam de um lado para o outro com suas expressões de felicidade por estar em um lugar como aquele.

Caminhei até a recepção por mais informações, mas antes de ir até uma das atendentes, parei meus pés no chão, me sentindo confusa.

—Como eu deveria o chamar? "X" ou ...?

—Senhorita Stuart? - Perguntou uma voz masculina e estranha atrás de mim. Me virei para trás e então, notei um homem de paletó preto me olhando com um sorriso simplista. —Poderia me acompanhar, por favor?

—Claro! - Respondi o seguindo até o elevador e assim que entramos, ele apertou o último botão, encarando a porta em seguida. O homem parecia discreto e tinha um grande nível de educação.

Assim que as portas metálicas se abriram, Ele ficou entre o pequeno vão e deu passagem apontando com a mão para que eu fosse na frente.

Ele começou a andar em direção a uma enorme porta amadeirada e em seguida, deu algumas batidas a abrindo.

—Por favor senhorita! - Disse ele me dando espaço.

Assim que entrei no lugar, notei o quão luxuoso era; as paredes claras seguidas por delicados detalhes de gesso em volta. No centro de um espaço mais parecido com uma sala, havia um enorme lustre de cristal que dava um certo glamour ao espaço.

Eu encarava com admiração e nem me dei conta quando alguém se aproximou. Fui despertada e trazida a realidade ao ouvir a voz que causou arrepios por todo meu corpo.

—Lavine? - Me chamou uma voz aveludada.

Ela era encorpada e sensual. Não dava para explicar ao certo, mas só de ouvi-la era capaz de fazer meu corpo todo tremer.

Demorei alguns segundos antes de me virar e me surpreender com tamanha beleza.

Ele era realmente algo que se comparava com um "deus". Se eu já o achava atraente em poucas luzes dentro de um quarto, imagina ver "X" pessoalmente como uma figura de tamanho poder?

—S-Sim! - Respondi um pouco nervosa vendo-o dar um sorriso.

—Sou Arson Schimidth, CEO da Schimidth Company, uma rede de Hotéis acentuadas em toda América do Norte. Será que podemos conversar? - Disse ele de forma educada, apontando para a mesa na sala de jantar.

Ele deu alguns passos em direção ao lugar e puxou a cadeira para mim educadamente. Nesse momento, pude respirar aliviada ao perceber que estava enganada.

A pessoa que eu pensei ser, era completamente ao contrário desse CEO ao qual me dirigiu a ateção. Me senti um pouco envergonhada e sorri pálida, indo até ele.

Arson se sentou ao meu lado e tirou uma caneta de dentro do bolso do terno a colocando sob a mesa. Em seguida, um homem se aproximou de nós e parou ao meu lado o entregando em seguida dois papéis.

—Senhor Schmidth... - Falou educado e com a voz branda.

—Senhorita Stuart, esse é Cirus, meu advogado particular. Ele é uma pessoa de suma importância e é a quem eu mais confio minha vida. - Falou o apresentando. Dei uma breve olhada para o homem, reconhecendo ser o mesmo que havia me guiado até o local.

—A senhorita aceita um suco, ou um café? - Perguntou Cirus, me olhando diretamente.

—Uma água, por favor. - Respondi baixo, sorrindo sem exibir muito. Assim que eu o vi se retirar, levei minha atenção ao homem que emanava poder, sentado a minha frente. —Por quê me chamou aqui?

—Sinto muito pela confusão, acho que me confundiu com alguém e acabei não me explicando no momento. Achei o seu curriculum no E-mail da nossa empresa e decidi então, te entrevistar. - Respondeu Arson, dessa vez com um semblante mais sério.

—Curriculum? Mais eu não... - Antes que eu terminasse de falar, me lembrei de ter enviado alguns assim que me formei e como passou bastante tempo, até havia me esquecido.

—Na verdade, não foi diretamente para essa que mandou. Estou precisando de uma "assistente pessoal" e acho que a senhorita está qualificada para essa vaga. - Disse ele me causando espanto.

Ele mau me conhecia e ainda assim queria me colocar em uma vaga particular?

Assim que movi meus lábios para contestar achando ser alguma armação, Cirus voltou com um copo de água e uma xícara de café, colocando-os em cima da mesa.

—Aqui está! -Disse ele nos entregando, segurando as folhas em seguida. —Senhorita Stuart, antes que ache ser algum tipo de "enganação", vamos acertar alguns detalhes.

—Por acaso você lê mentes? - Perguntei sorrindo para Cirus, tentando quebrar aquele clima sério que havia se formado.

Ambos sorriram, mas nada extravagante.

—Eu te pagarei "setecentos" por mês. - Disse ele me fazendo rir.

—Setecentos dólares? Quer mesmo que eu aceite a vaga só por isso? - Perguntei fazendo menção de me levantar, mas no mesmo instante ele estendeu a mão fazendo menção de me tocar.

—Setecentos mil, senhorita. - Pronunciou Cirus, antes mesmo que Arson se manifestasse. Naquele momento, abri meus lábios formando um perfeito "O" instantaneamente.

—Isso é alguma pegadinha? - Perguntei me lembrando que não tirava nem a metade daquilo em três meses, dependendo do movimento da "Lux".

Cirus me estendeu o papel contendo todas as informações e então, Arson se encostou na cadeira, mantendo um sorriso satisfeito nos lábios.

—Esse valor poderá ser dobrado em três meses caso a senhorita cumpra as condições. - Disse Cirus me fazendo já desistir de aceitar.

Provavelmente aquilo me sairia muito caro.

—Condição? - Perguntei vincando as sobrancelhas, intercalando meu olhar entre eles. —O quê, serão donos da minha alma?

Assim que eu disse aquilo, nenhum dos dois se manifestaram e então, dei um pulo assustada.

—Isso é mesmo verdade? - Perguntei vendo-os sorrirem divertidos em seguida.

—Da sua alma não, mas de você sim! -Respondeu Arson me olhando com seriedade. O olhar era o mesmo olhar felino em que "X" me lançava. Pensando bem, até o perfume parecia o mesmo.

Tudo bem que, somente eu que usava vendas e a luz dos quartos eram fracas para que o reconhecimento fosse quase possível, mas se fosse ele, eu não saberia o nome dele, certo?

—Não se assuste é tudo mediante a contrato e nada será resolvido caso não aceite, senhorita. - Disse Cirus por Arson.

—Certo. Quais as condições...- Perguntei deixando-os surpresos.

—A senhorita receberá o salário mediante a trinta dias de trabalho. Passados três meses esse valor dobrará. Também terá um cartão corporativo e um carro. A única coisa que não poderá fazer é ter outro trabalho fora, para que não te atrapalhe e nem corra risco de vazamento de dados.

—Cárcere privado? - Perguntei sorrindo apática, respirando fundo. —Mais alguma coisa?

—Sim! - Disse Cirus mostrando o papel novamente para mim e pegando a caneta sob a mesa me entregando-a. —Não poderá estar em um relacionamento e terá que morar na Mansão com o senhor Schmidth.

Assim que ele falou aquilo, olhei para o senhor "bonitão" reparando os traços dele e no mesmo instante, ele me olhou de volta fazendo com que eu perdesse todo o ar de meus pulmões e começasse a tossir.

—Está tudo bem, senhorita Stuart? - Perguntou Arson me olhndo diretamente.

—Sim, estou. - Me virei para Cirus e então o entreguei a caneta. —Desculpa, eu já tenho um trabalho de meio período, não sei se posso abandona-lo agora.

—Por acaso seu motivo é importante? É pelo proprietário ou outra pessoa específica? - Perguntou Arson, diretamente.

—Os dois. Obrigada pela oferta, mas tenho que recusar. - Respondi me levantando. Quando peguei minha bolsa e ameacei sair de lá, antes que eu passasse pelo arco da porta a voz de Arson rugiu me impedindo.

—Lavine!! - Gritou ele. Me virei para o olhar e de repente o vi muito próximo. Meu peito errou algumas batidas como minha mente pensou em um milhão de coisas.

A silhueta daquele Homem era algo de se invejar; ele era alto, de braços fortes e dono de uma postura impecável. Fora que, Arson era elegante e tinha uma presença forte.

—Senhor Schimidth, eu sinto muito. - Disse com um tom baixo, tentando ser mais educada o possível.

—O dobro! -Disse ele me causando um espanto. Naquele momento pensei que meu coração iria parar.

—O quê? - Perguntei desentendida, piscando os olhos algumas vezes desacreditada.

—Eu pago o dobro e a senhorita tem somente até amanhã para me responder. - Falou ele olhando para o seu "Roger Dubuis" em seu pulso, batendo o indicador em cima do vidro. —Até as nove de amanhã!

—Isso é sério? - Perguntei vendo-o dar um passo em minha direção. Como ele sabia ser uma pessoa intimidadora daquela forma?

Só de se aproximar, Arson já conseguia fazer com que todo seu poder emanasse por aquele lugar. Fiquei observando cada detalhe sobre seu belo rosto e em seguida, desviei o olhar para que ele não entendesse errado.

—Estou falando sério. - Respondeu ele, se abaixando até mim. —Te vejo depois, "Anjinho".

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