Fabiene narrando
Eduardo chegou no meio da tarde e passou o tempo todo no escritório, hoje tirei o dia para ficar em casa com Miguel, ontem deixei todos os bolos prontos e tinha funcionários na confeitaria, Eduardo foi tomar banho e eu fui no seu escritório pegar uma caneta para anotar uns pedidos e vejo um envelope na sua mesa , escrito bem grande:
‘’ NO MORRO DA ROCINHA’’.
Eu pego o envelope e abro ele vendo que era as fichas de todos lá, Imperador, Gabriel e até mesmo do meu irmão Rafael, quando vejo meu irmão, meu coração aperta na mesma hora.
— Fabiene – Eduardo fala entrando no escritorio
— Não queria mexer nas suas coisas, mas quando li no morro da rocinha me chamou atenção – eu falo guardando no envelope – porque você tem isso?
— O supervisor da segurança do Rio de Janeiro – ele fala
— Carlos Drummond?
— Sim – ele responde – veio até aqui falar comigo, me fazer a proposta pessoalmente, os traficantes da rocinha mataram um policial, roubaram armamento que vieram dos Estados Unidos.
— Querem que você comande a operação? – eu pergunto para ele.
— Isso mesmo – ele fala
— Não, isso jamais, esqueça isso.
— Porque? – ele pergunta me encarando e na mesma hora eu o encaro.
— É arriscado – eu olho para ele – pensa, o que eles podem fazer com você?
— Não irei entrar lá de uma hora para outra – ele fala – terá uma investigação, não estarei sozinho, estarei preparados para prender todos eles ou até mesmo – ele me olha e eu o encaro – matar.
Quando ele fala isso, eu sinto raiva de ouvir suas palavras, porque itnha meu irmão e não somente ele como todos os moradores, era onde eu nasci e cresci
— Esqueça isso – eu falo para ele – eu não vou com você, nem eu e nem o Miguel, você entendeu?
— Porque está falando isso? Está agindo dessa forma? Eu sei que você acha que é perigoso e que você se preocupa comigo, mas essa é uma oportunidade única na vida.
— Oportunidade única? – eu pergunto para ele – ir arriscar sua vida em um morro? – eu o encaro – e nós, a sua família Eduardo?
— Não vamos discutir – ele fala quando a gente escuta Miguel chorando – pode deixar que vou lá pegar ele.
Ele sai e eu pego novamente os envelopes, vejo a foto do meu irmão, tiro foto das fichas e guardo ali, chego no quarto e vejo ele brincando com Miguel. Miguel era super apegado com ele e ele com Miguel.
Eduardo me encara e eu o encaro, mas ele não fala mais nada e nem eu.
(...)
Era nem 5h da manhã e eu acordo com Eduardo se arrumando, colocando a sua farda.
— Onde você vai? – eu pergunto para ele e ele me encara.
— Tenho uma operação agora cedo.
— Onde? Rio de Janeiro?
— Não – ele fala – preciso ir, eu te ligo e te aviso se volto para o almoço.
Ele sai mas antes que eu questiono algo Miguel geme no quarto dele.
Eduardo narrando
‘’ Esse é o endereço com o nome das pessoas que você tem que eliminar, família do Imperador. Tia, tio e primos. Seja que nem seu pai, o controle da situação. Eu vejo você no meu lugar, assim que eu me aposentar.’’
Eu paro o carro na frente da casa, uma casa bem simples, tinha um homem na frente , um senhor quase trabalhando junto de duas crianças e uma mulher dentro de casa, eu olho para o meu parceiro e a gente se encara.
— São eles? – ele pergunta
— São – eu respondo – colocar no camburão da policia os quatro, entendeu?
— Até as crianças?
— Todos – eu falo para ele – queremos todos mortos.
A gente desce da viatura e o senhor nos encara. Outra viatura chega logo atrás de nós reforçando os homens, eram todos enviados pelo supervisor da segurança.
— Policiais? – o homem pergunta
— Senhor André? – eu questiono
— Sim – ele responde
— Tio do Imperador, você comandou o morro junto do seu irmão alguns tempo.
— Nãos ei do que está falando – ele fala
— Sabe sim – eu respondo – estão todos presos.
— Como? – ele fala
— Se você medir forças comigo, eu mato seus filhos – eu falo apontando a arma para as crianças.
Os policiais se aproximam e a gente leva os quatro a força, colocando no camburão da policia. André era tio de Imperador mas deixou o morro há uns 15 anos, quando resolveu se casar e ter filhos, viver uma vida longe do crime, mas seria um soco no estomago de todos após receberem as fotos dos quatro mortos.
Paramos o carro em uma estrada e tiramos eles.
As crianças amordaçadas e eles também.
— Vão – eu olho para eles – correm – eles me encaram – estou mandando vocês correram.
As crianças e eles começam a correr, eu pego a arma e começo atirar, mato as crianças primeiros, os pais se desesperam e depois mato os dois, depois tiro fotos e mando para Carlos.
‘’ o serviço está feito!!’’
Eu chego na confeitaria de Fabiene e vejo Fabiene com Miguel, ela me encara e eu me aproximo dela.
— Como foi a operação? – ela pergunta
— Um sucesso – eu respondo e ela me olha
— Papai – Miguel fala estendendo as mãos
— Deixa que eu levo ele para casa, estou de folga o resto do dia – ela me encara e assente.
— Logo mais estou em casa. – ela fala