Clarice ainda estava sedada e não ouviu ou viu o marido chorando que nem um bebê em completo desespero.
Como ele conseguiria sobreviver se algo acontecesse a sua mulher?
Era uma dor profunda. Muito pior do que o infarto que sofreu quando estavam separados. Amava-a e a sua traição estava mais ligada a sua incapacidade de falar de seus sentimentos do que estar apaixonado por outra pessoa. O sexo era apenas um escape e acreditava que Clarice havia entendido isso depois de tanta conversa e terapia.
- Fica calmo, Klaus! É comum essa instabilidade emocional acontecer.
- Clarice nunca ficou tão sensível. Eu quero me afastar do hospital durante um tempo, Felipe. Eu posso deixar os meus pacientes em suas mãos?
- Claro! Vai ficar tudo bem.
- Eu preciso ficar com Clarice. Eu preciso que ela entenda que eu a amo e que ela ficará feliz ao meu lado e dos nossos cinco filhos. Meu Deus! Quase foram sete.
- Fica calmo!
- Clarice, amor da minha vida, eu não existo sem você. Não existe o médico, o mari