(Leandro)
O sorriso de vitória logo sumiu do meu rosto, eu comecei a cortar os legumes enquanto lembrava da língua do André entrando na boca da Letícia e no quanto ela estava gostando daquilo tudo.
— Ai inferno!
Gritei ao cortar o meu dedo.
Eu corri pra pia e coloquei o dedo de baixo da água e depois fui até o quarto fazer um curativo.
Eu não queria admitir pra mim mesmo que tudo o que eu estava sentido era ciúmes, pois eu achava impossível que alguém que eu conhecia a apenas alguns dias, fosse tomar conta do meu coração de forma tão repentina.
Eu sempre falei em meus sermões sobre os desejos da carne, eu tinha o dever e a obrigação de fugir desses encantos, mas eu já não tinha tanta certeza que eu queria fugir.
A verdade era que as minhas atitudes demonstravam o quão fraco eu estava e que talvez eu devesse mesmo buscar ajuda, mas se eu fizesse realmente isso, eu iria ter que me afastar das minhas funções por um tempo, e recuperar a minha comunhão com Deus.
Eu já tinha cometido tanto