É pecado um padre se apaixonar? Letícia Sanches, uma garota de 22 anos, absurdamente linda, sexy e endiabrada, colocará em dúvidas as convicções do padre e ele irá precisar de muita reza pra se livrar da tentação e o desejo de tê-la. Letícia Sanches não medirá esforços pra conseguir seduzir o padre, afinal pra ela é um verdadeiro desperdício um homem tão novo e tão lindo viver no celibatarismo, perdendo assim a oportunidade de sentir o prazer que é ter uma mulher. É claro que o diabo levará toda a culpa, por trazer essa provação pra vida do padre, ao ponto do padre achar que Letícia é um verdadeiro demônio em forma de gente, e Letícia fará questão de dar jus a esse título. Será que o Padre Leandro será forte o bastante pra suportar essa tentação?
Leer más(Leandro)
Eu me chamo Leandro Gurgel, tenho 28 anos, e sou padre da Igreja da padroeira da Fé, localizada em um pequeno município da Bahia, conhecido como Catolândea. Por se tratar de um lugar com poucos habitantes, era fácil decorar os nomes dos moradores, estabelecer uma boa convivência, além de lembrar suas histórias e suas confições, e isso facilitava muito o acompanhamento dos fiéis, e me possibilitava ficar próximo de todos, os ajudando com o que fosse preciso. Desde muito jovem eu já sabia que queria ser padre, eu acreditei fielmente que esse fosse o meu destino. Eu passei por todas as etapas, desde o propedêutico, graduação em filosofia e teologia, até estar de fato pronto pra esse posto. Foram anos de preparação, passei pela ordenação, pelo transitório, sacramento até ser consagrado. Eu nunca tive pensamentos de construir uma vida familiar com alguém, e por diversas vezes fui considerado alguém fora do padrão masculino por nunca ter tido uma namorada, e nunca ter me interessado por alguém, fui chamado de louco muitas vezes por ter tomado essa decisão pra minha vida. Eu não gosto de falar da minha vida pessoal pra ninguém, mas também nunca tive vergonha de falar que eu era virgem, embora muitas vezes essa condição tenha me feito passar por alguns constrangimento diante dos meus poucos amigos, pois eles diziam que eu estava perdendo a oportunidade de experimentar um manar dos deuses, mas isso não me enchia os olhos, muito menos o coração. Quanto eu decidi me tornar padre, eu já sabia que eu teria que viver em função de Cristo e da igreja, e eu procurei durante todos esses anos não me desvirtuar com coisas impróprias e nem com sentimentos carnais de um homem, mas isso mudou drasticamente com a chegada de uma nova moradora, a Letícia Sanches, filha da dona Maria. A dona Maria sempre foi uma devota fiel, defensora dos bons costumes e eu já a conhecia há algum tempo, mas não conhecia a filha dela. A moça tinha 22 anos, e morava com o pai em outro estado, mas precisou ir morar com a dona Maria pois ela estava passando por problemas de saúde e iria fazer uma cirurgia delicada. A notícia da chegada da moça se espalhou até chegar aos meus ouvidos, pra mim, isso não teve tanta importância, afinal eu já vi muitas pessoas saindo e chegando na cidade, mas quando eu a vi com os meus próprios olhos, eu passei a entender o motivo de tanto alvoroço. Ela não era qualquer moça, era a moça mais linda e delicada que eu já havia visto em toda a minha vida. Ela era alta, olhos brilhantes e claros, cabelos lisos e compridos, e trazia no olhar uma inocência única e até inquestionável, isso até eu conhecê-la de fato. Eu sempre ouvi dizer que as aparências enganam, e eu nem sabia que iria confirmar essa teoria vivendo na pele. Eu me obriguei a não olhar pro corpo dela pra não cair em pecado, embora fosse impossível não perceber o quanto ela tinha curvas chamativas. Maria: Sua benção padre. — Deus a abençoe irmã. Maria: Essa aqui é a minha filha Letícia, ela vai ficar comigo até eu me operar e me recuperar. Eu olhei nos olhos da moça e fiquei anestesiado, era como se anos de dedicação fossem colocados a prova em poucos segundos. Letícia: Sua benção padre. Ela baixou a cabeça timidamente, e em meio a gaguejos eu a abençoei e depois respirei fundo pra não passar mais vergonha. — Eu me chamo Leandro, seja bem vinda Srt. Letícia, espero que você tenha sido bem recepcionada por nossos moradores. Letícia: Fui sim, eu só não esperava ser recepcionada por um padre tão jovem. Maria: Minha filha, isso não são modos. Letícia: Desculpe mãe, e sinto muito padre. — Não tem o que se desculpar, eu comecei muito cedo mesmo. Ela desceu a visão até as minhas partes baixas e eu fiquei incomodado, a minha batina não revelava muita coisa, mas o espírito santo me alertou sobre a vulgaridade daquele olhar. — Eu preciso voltar pra igreja, encontro vocês na missa no domingo? Maria: Com certeza estarei lá. Letícia: Não conte comigo padre, eu não sou muito religiosa, embora tenha bastante respeito pelo filhos de Deus. — Estou vendo o respeito. Eu juro que tentei me controlar, mas não consegui esconder a ironia na minha voz, ironia essa que eu tenho certeza que ela percebeu, levando em conta o pequeno sorriso disfarçado que ela deu. Eu dei as costas pra elas e saí andando, sendo confrontado pela minha própria consciência, ao mesmo tempo que repreendia a mim mesmo por ter dito de forma tão explícita que eu havia percebido os olhares dela. — Eu acho melhor me manter afastado dessa moça, ela não parece ser tão pura e inocente assim quanto eu pensei que fosse. Falei enquanto entrava na casa de Deus. Eu passei a minha vida toda sendo ensinado a não apontar o dedo pras pessoas, e durante o meu processo pra ser padre isso não foi diferente, eu fui ensinado a resolver situações espirituais, mas nunca a apontá-los de forma acusatória, mas algo dentro de mim me dizia que a minha preocupação com a moça era válida, e embora eu fosse um padre, eu sabia reconhecer o olhar de desejo de uma mulher pra um homem. Todas as noites eu rezava, falava pra Deus e pros santos sobre o meu dia, sobre minhas preocupações e sobre os fiéis, mas nesse dia a minha reza foi diferente, eu rezei pra que aquela moça pudesse ser menos carnal e tivesse um encontro real com o pai Celestial, era o que eu na posição de padre poderia fazer por ela, e pedi também pra esquecer o olhar da moça, pois isso poderia me fazer ter pensamentos impróprios. — Aquela alma está perdida, alguém voltado pras coisas de Deus jamais olharia pra um padre da forma como ela me olhou. Falei diante de Deus. Depois de rezar, eu fui cuidar de outros assuntos paroquiais, sem saber que eu estava prestes a conhecer Satanás de perto.(Letícia)Se me perguntassem onde eu estaria se a minha mãe não tivesse sofrido o acidente, eu diria que estaria me escondendo ainda.Houve uma época que eu realmente acreditei que aquela era a vida que eu precisava ter, e nem por um momento eu pensei que o meu destino fosse mudar tão de repente. Eu não vou negar que sempre tive atitudes irresponsáveis, que sempre pensei mais em mim do que nos outros, mas tudo o que aconteceu me tornou mais humana e mais consciente. Eu tive que fazer escolhas difíceis, como sair da casa do meu pai, afinal ele era o melhor pai do mundo pra mim, e foi o exemplo de paternidade que a Lana teve pelos dois primeiros anos de vida, e doeu quando ele não soube lidar muito bem com as minhas escolhas, como por exemplo, ter o Leandro como genro.O meu pai sempre foi religioso, e um padre largar a batina por uma mulher, parecia o fim do mundo pra ele, mas com o tempo ele viu que nada do que ele pensava parecia fazer sentindo ao perceber o homem maravilhoso que o
(Leandro)Um ano depois...Eu tive muitas burocracias pra conseguir tirar a Letícia e a a mãe dela do hotel, eu tive que ir pra Santa Catarina e encontrar uma casa que tivesse a nossa cara, embora não tivesse tido tempo o suficiente pra conhecer os gostos da Letícia, eu acho que consegui fazer a escolha certa.A casa da Dona Maria ficava no mesmo condomínio que o nosso, e quando ela viu o novo lar dela, vocês já sabem, foi um xororô absurdo. A parte mais difícil, foi conhecer o meu sogro, ele não me recebeu tão amigavelmente, muito pelo contrário, ele falou coisas que me irritaram profundamente, como se Ele fosse o próprio Cristo, e eu tivesse o abandonaado, e o pior foi o drama que ele fez pra deixar a Letícia ir morar comigo, e ainda queria que a gente deixasse a Lana com ele, pois ela já o tinha como pai.Eu até entendia que ele havia feito o meu papel durante esses anos, mas o pai era eu, e ele sabia muito bem que a Letícia escondeu ela de mim. Mas depois de uns meses, ele começ
No dia seguinte acordamos bem cedo, preparamos tudo e fomos buscar a minha mãe no hospital, a Bia e a Lana ficaram no hotel esperando. Tudo deu certo, conseguimos levar ela de cadeira de rodas até o carro, mas depois ela conseguiu se sentar no carro sem dificuldades. Ela parecia estar nervosa, mexendo as mãos umas nas outras, e eu as segurei. — Você é uma ótima mãe, e com certeza será uma avó ainda melhor, mãe.Ela deu um sorriso sincero pra mim, e encheu os olhos de lágrimas, eu sabia que ela ainda se culpava por não ter sido presente na minha vida, e que a Lana significativa uma nova oportunidade pra ela.Quando chegamos no hotel, ela conseguiu caminhar um pouco melhor até o elevador, e todas as ações dela indicavam que a ansiedade dela só estava aumentando.Eu olhei pro Leandro que estava percebendo a mesma coisa que eu, e ele sorriu. Eu abri a porta e ajudei ela a entrar, havia uma poltrona grande e confortável e ela sentou e ficou passando a palma das mãos nas pernas. — Mãe,
(Letícia) Quando eu vi a minha mãe caminhando com a ajuda de uma enfermeira, eu me senti culpada por não ter estado ao lado dela na hora que ela mais precisava de mim, mas como uma boa mãe, que ela provou pra mim que era, ela só me encheu de amor. O abraço dela parecia uma sessão se descarrego, me esvaziando de tudo o que era ruim dentro de mim. Eu fiquei vendo o Leandro e ela conversando, e achei lindo o carinho que ambos sentiam um pelo outro, e isso encheu o meu coração de paz. Fizemos planos, decidimos nosso futuro, o Leandro decidiu ir pra Santa Catarina, e o melhor foi saber que a minha mãe passaria a estar perto de nós, eram tantas coisas boas acontecendo, que não dava nem pra acreditar. A tarde foi maravilhosa, de muitos risos, mas eu precisava ir buscar a minha filha e a Bia, infelizmente seria a última vez que iria colocar os pés na casa da minha mãe. O Leandro foi me deixar no ponto do taxi e marcamos de nos ver horas depois. Durante o trajeto de volta pra cas
(Leandro)Demorou um pouco pra ficha cair que eu não estava só visitando a dona Maria, eu estava visitando a minha sogra, a pessoa que colocou no mundo um ser tão absurdamente lindo, pra se tornar dona do meu coração. Assim que chegamos, não encontramos ela no quarto, e eu notei o olhar de preocupação da Letícia, afinal ninguém da recepção avisou nada sobre ter ou não acontecido algo, mas então nós olhamos pro fim do corredor e vimos a Dona Maria caminhado lentamente com a ajuda de uma enfermeira, a Letícia encheu os olhos de lágrimas, eu pensei que era felicidade, mas era culpa.Letícia: Eu devia estar aqui com ela, deveria ser eu a ajudá-la a andar.— Ei, muita coisa aconteceu, é compreensível que você não tenha conseguido estar presente Letícia. Falei enquanto a envolvia nos meus braços. A dona Maria ainda não tinha nos visto, ela estava concentrada demais olhando pros próprios pés, mas quando ela se deu conta da nossa presença, o olhar dela foi diretamente pra mim.Eu não vou ne
(Letícia)Tudo estava tão perfeito, que eu tive até medo de acordar, tudo bem que eu sempre fui acostumada a ter tudo o que eu queria, mas o Leandro parecia algo muito distante de se ter nas mãos, e eu finalmente o tinha. Quando ele me chamou pra conversar, parte de mim teve receio do que iria sair daquela conversa, mas depois ele começou a falar sobre confiança, sobre nós, sobre ele e a vida dele, e tudo pareceu só uma forma dele organizar as coisas, e até uma atitude desesperada de eliminar os problemas que nós havíamos criado. Quando ele começou a falar sobre a decisão de ter uma vida luxuosa, não me pareceu ser uma escolha ruim, eu já era acostumado a viver bem, e apesar de morar com o meu pai que sempre me deu um padrão de vida elevado, o meu salário me permitiria continuar vivendo bem, com uma casa boa e uma vida sem muitas preocupações, eu não conseguia ver nenhum problema ali, exceto pela casa em Goiás, afinal eu tinha um emprego que eu teria que abrir mão se aceitasse ir pr
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