Ela sempre dizia que estava ocupada, que não tinha tempo.
"Mesmo que esteja muito ocupada, sem tempo, sempre dá para arranjar um momento para fazer uma ligação, não é?"
Mas quando Ana ligava para Isabela, raramente recebia uma resposta. Uma ligação de forma espontânea era ainda mais raro.
Parecia que, no coração de Isabela, tudo era mais importante do que Ana.
Quanto mais Ana pensava nisso, mais injustiçada se sentia, e as lágrimas começaram a cair sem parar.
Vendo Ana tão abatida, antes mesmo de Isabela dizer algo, Pedro, enquanto enxugava suas lágrimas, foi o primeiro a falar:
— Sua mãe realmente está muito ocupada com o trabalho agora. Mas no ano que vem, depois do ano que vem, o trabalho dela provavelmente não será tão pesado assim.
Ana, afinal, ainda era uma criança. Com as palavras de conforto de Pedro, a mágoa e a tristeza diminuíram consideravelmente. Ela enxugou as lágrimas com as costas da mão e olhou para Isabela com olhos cheios de esperança:
— É verdade? De