— Meu celular não estava por perto... A sua ferida não cicatrizou bem? — Jorge perguntou de repente.
Ele tinha acabado de receber uma ligação da mãe avisando que Isabela estava no hospital, e a primeira coisa que veio à sua cabeça foi o ferimento à bala dela.
Isabela arqueou levemente a sobrancelha, disse com voz abatida:
— Por que você está perguntando isso do nada?
— Ouvi dizer que você foi ao hospital.
— Ouviu de quem? — Ela perguntou, mas logo se lembrou de ter cruzado com Alícia. — Ah, encontrei sua mãe lá... Foi ela que te falou?
— Foi.
— Não fui eu, estou bem. É o professor Davi... O médico disse... — A garganta apertou, e ela teve dificuldade para continuar. — Disse que ele pode entrar em estado vegetativo.
Jorge ficou em silêncio por alguns segundos do outro lado da linha.
— Entendi. Vou voltar o mais rápido possível.
— Qual o horário do seu voo? Vou te buscar no aeroporto. — Disse Isabela.
— Seis da tarde.
— Beleza.
— Vou entrar em contato com a família do professor Davi, ver