Isabela se aproximou com passos lentos e se sentou com graça, seu olhar sereno carregando um traço de curiosidade mascarada.
— Fale. Por que que me procura? — Sua voz mantinha um tom neutro que não escondia a urgência implícita.
Três anos mais novo que Viviane, Hélio tinha aquele magnetismo peculiar dos jovens: postura atlética, traços esculpidos e um charme que justificava os investimentos da amiga, tanto financeiros quanto emocionais.
— Juro, não houve nada entre eu e aquela garota! Ela se declarou, mas recusei. A Vivi simplesmente inventou que traí... — A voz embargada de Hélio carregava um misto de indignação e autopiedade.
Os dedos de Isabela se contraíram imperceptivelmente sobre a mesa. A memória de suas próprias cicatrizes amorosas lhe fez revirar os olhos. Não suportava infidelidades, e conhecia Viviane o suficiente para saber que aquela não era uma acusação feita às pressas.
— Por que me explicar? Explicações deveriam ser dadas a ela, não a mim. — A frieza na voz destoav