— Se você está pensando em gritar por socorro, esqueça. Melhor calar essa boca e me deixar em paz.
Ele se espreguiçou preguiçosamente. Depois de tanto tempo esperando, finalmente tinha chegado o momento. Tinha tanta coisa para dizer para Isabela. Mas ele estava exausto. Nos últimos dias, ele vinha seguindo ela em segredo, sem comer direito, sem dormir.
Ele trancou a porta por dentro, fechou a janela, puxou as cortinas e se jogou na cama.
— Você não se importa se eu dormir na sua cama, né?
Ele sorriu com malícia.
Isabela sentiu todos os pelos do corpo se arrepiarem.
Danilo se deitou e cheirou o travesseiro com ganância.
— Foi nesse travesseiro que você dormiu ontem, né? Parece que ainda tem um pouco do seu cheiro aqui... Dormir no seu lençol... Será que isso conta como a gente dormir junto, mesmo que indiretamente? — Perguntou ele, olhando fixamente para Isabela. — Você costuma dormir de roupa ou sem?
Os pelos do corpo de Isabela se arrepiaram todos.
Naquele momento, ele parecia um maní