Clara subiu correndo as escadas e, antes mesmo de chegar ao segundo andar, Diego já havia saído do quarto.
— Por que essa correria toda? — Perguntou Diego, enquanto abotoava o colarinho da camisa.
Clara, com o rosto cheio de mágoa, respondeu:
— A mamãe mandou que eu viesse te chamar... Vocês sempre implicam comigo.
Ela se virou desanimada e desceu as escadas, com um semblante abatido.
Por que ela sempre fazia tudo errado? Ou será que ela não tinha feito nada de errado?
— Tudo bem. — Diego, talvez percebendo que havia sido injusto, suavizou o tom de voz. — Veio me chamar para quê?
— Meu irmão e a minha cunhada chegaram. A mamãe mandou que eu viesse te chamar. — Clara parou no meio da escada, olhando para trás.
Nesse momento, Diego já havia descido até onde ela estava e também avistou Jorge e Isabela na sala de estar.
— Eles chegaram bem cedo.
Clara aproveitou a oportunidade para segurar o braço do pai, com um tom manhoso:
— Hoje é seu aniversário, papai. É claro que o irmão e a cunhada