Clara fez um biquinho, com uma expressão de quem estava muito magoada:
— Papai, mamãe, vocês são terríveis. Por que ficam brincando comigo? Parece até que não sou uma coitadinha.
— Ai, ai. — Alícia riu, achando graça. — Você, coitadinha?!
Diego comentou em tom tranquilo:
— Se você é uma coitadinha, então não existem mais pessoas realmente coitadas no mundo. Não diga isso perto dos outros, ou vão acabar te criticando.
Clara retrucou:
— Vocês não gostam mais do meu irmão?! — Ela ergueu a cabeça, em tom de acusação. — Vocês só sabem me repreender, mas nunca repreendem ele.
— Ele não nos dá trabalho. — Diego explicou. — Além disso, ele já é adulto. Por que a gente iria repreender ele?
Clara rebateu imediatamente:
— Mas quando ele era pequeno, vocês também nunca brigaram com ele.
Alícia deu um tapinha carinhoso na mão da filha:
— Seu irmão sempre foi muito responsável desde pequeno. Nunca nos deu preocupações...
Clara interrompeu a mãe rapidamente:
— Está bem, está bem, já sei. Lá vêm vocês