Gisele também ficou surpresa.
— Prima.
Isabela olhou a roupa dela e comentou:
— Você está trabalhando aqui?
— Sim. — Gisele confirmou com a cabeça.
Ela não queria mais ouvir as cobranças da mãe.
— Não conte para minha mãe, tá? — Murmurou ela, baixando o olhar.
Ela tinha dito que arrumou emprego numa grande empresa, e só assim a mãe parou de pegar no pé dela. Na verdade, a mãe nem imaginava que ela trabalhava como garçonete num restaurante.
Isabela entendeu na hora, suspirou de leve.
— Fique tranquila, não vou falar nada.
Gisele forçou um sorriso e tentou animar o clima:
— Esse trabalho pode não ser tão chique quanto ser secretária num escritório, mas o salário é bom. Dá mais de seis mil por mês, com comida e moradia incluídas.
Ela não tinha nenhuma habilidade especial, nem estudou muito. Se fosse trabalhar num escritório, ia ganhar uns quatro ou cinco mil no máximo. O importante era que ela se bancava sozinha e não precisava mais escutar sermão em casa.
— Está ótimo. Se sustentar sozin