A SOLUÇÃO

A SOLUÇÃOPT

Fantasia
Renata Ávila  concluído
goodnovel16goodnovel
Avaliações insuficientes
13Capítulos
1.7Kleituras
Ler
Adicionado
Resumo
Índice

Em agosto de 2019, as florestas brasileiras sofreram com o que ficou conhecido como "O dia D", ou "Dia do fogo" que foi a reunião de terroristas para que incêndios fossem provocados em diversos pontos do território brasileiro. Nesta história uma entidade que faz parte do mito da criação dos indígenas da etnia Dessana, luta junto de suas filhas para impedir que essa tragédia aconteça. Ao mesmo tempo em que os planos dessa Deusa poderosa são levados a cabo, na intenção de salvar as florestas, Manuela, uma de suas guardiãs, investiga ataques a animais e seres humanos, com a ajuda de uma doutoranda, mulher transexual, um médico, seu amor da infância, e a delegada da cidade. Além do trabalho nas buscas de respostas, Manuela precisa decidir se seguirá seu coração ficando com seu amor da infância, ou se manterá a relação com seu atual namorado.

Ler mais
A SOLUÇÃO Download gratuito de Novelas Online em PDF

Último capítulo

Você também vai gostar de

Novelas relacionadas

Nuevas novelas de lanzamiento

Livros interesantes do mesmo período

Comentários Deixe sua avaliação no aplicativo
Não há comentários
13 chapters
O MITO DA CRIAÇÃO
No princípio não havia nada, somente escuridão e silêncio. Yebá Bëló, A mulher se fez a si mesma utilizando seis coisas invisíveis: bancos; suportes de panela; cuias de ipadu; pés de maniva e cigarros.A única luz ficava em sua morada de quartzo, o resto era escuridão. Mascava ipadu e fumava cigarro, pensando em como deveria criar o mundo. Uma esfera saiu de seus pensamentos, se transformando em uma torre. A esfera absorveu a escuridão, se tornou parte dela. Sua segunda criação foram os trovões imortais, que ganharam lugares em toda extensão da torre, as moradas dos trovões passaram a receber tamb&ea
Ler mais
PRÓLOGO
Eventos ocorridos poucas semanas antes do dia 10 de agosto de 2019. Os preparativos estavam adiantados, grupos de Whatsapp com nomes como Dia D, e Dia do Fogo, passavam instruções a seus membros a respeito de materiais e horarios para os atentados terroristas. Seus organizadores eram membros de uma elite agrária conhecida na região, se auto intitulavam “cidadãos de bem”, em sua maioria religiosos e com muito orgulho de um passado de destruição dos povos originários, desde a chegada de seus antepassados por essas terras.Se organizavam como uma sociedade paralela ao Estado e a constituição, pois acreditavam, realmente, que pertenciam a uma casta que poderia decidir o futuro de todos, e neste caso específico, com seus plano
Ler mais
PARTE 1: OS CÃES
Eram três, muito arredios, aterrorizados como os outros que encontrara. Manuela suspirou, já era o quinto caso em menos de dois meses. Sempre 3 cães grandes utilizados para caça ou guarda nas fazendas, marcados com aqueles quatro buracos profundos, pouco sangue e muita agressividade. Os primeiros três grupos encontrados em semanas distintas já haviam morrido, completamente fracos, mas ainda assim agressivos. Não havia nada de mais nos exames. Apenas a perda excessiva de sangue. E aquela outra substância que ninguém conhecia bem, aquele veneno esquisito que não aparecia em nenhum estudo de veterinária e, agora que os casos se avolumavam, de medicina, que ela tenha encontrado.-Dona Manuela, que que nóis vamo fazê? O povo tá querendo sai pra caça esse bicho, tá dizendo que deve ser alguma coisa do cape
Ler mais
PARTE 2: A DOUTORA DA CAPITAL
 Hellen foi chamada no escritório da Professora Aline pela manhã, pensou que era algo a respeito de sua bolsa, ou orientações sobre seu projeto de doutorado, em fase final, com as graças de todas as deusas.Mas não era sobre nada disso, Aline a recebeu com um sorriso franco e pediu que sentasse diante dela nas poltronas simples do escritório.-Preciso pedir um favor para você. E para ser totalmente honesta, não será nada muito agradável para alguém que está terminando seu doutorado. Apesar de servir muito para seu campo de pesquisa. - Hellen franziu a testa e ela ergueu a mão para se explicar. - Entenda que você não está sendo obrigada a nada, é um favor pessoal. Eu a conheço a pouco, mas acredito que você é
Ler mais
PARTE 3: OS HUMANOS
Os três homens estavam armados com espingardas e facas, andavam pela mata, o pouco que ainda existia na região, como se estivessem fazendo um grande serviço para a humanidade. Era um pouco de crendice, muito de preconceito, medo do que não conheciam. Lembravam das histórias contadas sobre os monstros indígenas, seus ataques aos "pobres homens brancos”. Então sentiam, realmente, que a importância do que faziam deveria ser reconhecida. Se imaginavam carregando o monstro sanguinário, fosse ele real ou sobrenatural, até a cidade, e mostrando a todos o poder do homem branco sobre as feras da natureza.Viram quando a indígena que cuidava dos animais passou com seu carro. Ela os irritava um pouco, uma indígena dona de terras, herdeira de fazenda e ainda por cima com forma&cce
Ler mais
PARTE 4: REVELAÇÕES
Maria estacionou na frente da delegacia da pequena cidade, distante algumas horas de sua própria cidade, e palco de uma das histórias sobre ataques semelhantes aos que investigava. Não tinha muitas esperanças, os casos ocorreram em um período distante e obscuro do país, em que informações eram ocultadas do conhecimento público. Havendo sempre a possibilidade, quando se tentava investigar algum crime da época, de que tudo fosse invenção para encobrir o terrorismo de Estado cometido com liberdade por 21 anos.Registros eram forjados, escondidos e incinerados, assim como os assassinatos e desaparecimentos da época. Mas tinha esperanças de ao menos conversar com algum policial, mesmo que aposentado, que lhe desse alguma informação.Entrou na delegacia e f
Ler mais
PARTE 5: A CURA
Hellen agradeceu Luiz pela carona e entrou em casa rápido, ainda tinha medo das onças, não confiava muito nessa história de “acordo” de Manuela, achava onças lindas, quase mágicas, mas as preferia longe dela.Sentou na bancada da cozinha esperando o café terminar de passar na cafeteira, e ligou para o namorado.-Que bom que você lembrou de mim! - A voz dele era um pouco agressiva, irritada.-Você está bem?-Como se você se importasse Hellen! - Um silêncio irritado.-Qual o problema Edu?-O problema é que você desaparece, não me ouve quando digo que essa história r
Ler mais
PARTE 6: INIMIGOS
O churrasco foi marcado para a noite que antecederia o “dia D.” Cerca de 10 proprietários de terras, somados a alguns comerciantes influentes na pequena cidade, compareceram. Eram os membros mais importantes, aqueles que organizaram os ataques naquela localidade, participando dos grupos que uniam seus iguais, de todo o país.Arlindo sentou com seu copo de uísque e beliscou um pedaço de carne, estava satisfeito com os planos a serem realizados. Finalmente tomariam uma atitude decente para expandir seus negócios, e de quebra acabariam com a empafia daquela “india” que se achava importante.-Tudo pronto? - Otavio parecia nervoso, era o mais jovem deles, havia herdado os negócios do pai, rico criador de gado, há pouco tempo. -Se acalme, menin
Ler mais
PARTE 7: A MATA
No dia seguinte ao jantar, Manuela acordou cedo, pouco depois de o sol nascer, e entrou na floresta, uma das meninas da senhora a aguardava logo na entrada.-Diga a mãe que eu vou entrar com a delegada, ao meio dia de hoje. Vocês não fiquem rondando onde estivermos, deixem a pedra de sacrifícios limpa e se escondam. - Uyara a olhou muito séria, não a conhecia, mas já tinha ouvido falar nas meninas morcego, primeiras filhas da Senhora.A menina acenou e sorriu com seus dentes grandes, dois caninos de cada lado. Abraçou Manuela e desapareceu atrás das árvores. Foi ao encontro da Senhora, que descansava sobre um altar em sua morada de quartzo.-Sua guardiã disse que vai entrar com uma delegada.-Eu
Ler mais
PARTE 8: O DIA D
Tiros na cabeça e no peito derrubaram não somente os jagunços que estavam aguardando a incursão na mata, mas também mais da metade dos fazendeiros da cidade, que se juntaram, por alguma razão, aos seus empregados na vigília.Os policiais da cidade foram localizados no meio da confusão, quando viram a delegada correram para ela, ainda com os rostos brancos e as mãos trêmulas. -Doutora! Uma desgraça, obra do diabo ou sei lá o que! – Um dos policiais falava com a voz falhada, gaguejando.-Do que você está falando? – Maria o encarou séria. – Se acalme, se recomponha e me explique o que afinal aconteceu aqui!-Eles estavam todos aqui doutora, em paz e
Ler mais