A temperatura interna estava perfeita, e as luzes, como diamantes, brilhavam aquecendo o ambiente. A casa tinha sido redecorada por João, exatamente ao gosto dela.
Ela tirou o casaco, se dirigiu à varanda e contemplou a vista deslumbrante da cidade, iluminada como uma via láctea serpenteante sob uma chuva fina, envolvendo a noite com uma atmosfera densa.
De repente, o celular tocou.
Ela olhou e atendeu com uma voz doce:
- Mãe?
Raquel perguntou, sorrindo:
- Você chegou em casa? Seu irmão arrumou tudo para você? Depois mando os empregados cuidarem de você, está bem?
Sarah riu e observou as luzes frias lá embaixo, agora tingidas de uma cor mais quente, ela disse à mãe:
- Não é necessário, não quero mais ninguém em casa. Posso cuidar de mim mesma.
Raquel, com uma voz suave e gentil, respondeu:
- Sarah, não se apresse, vamos devagar encontrar aqueles que te machucaram para acertar as contas, se cuide, tá bom?
Mãe e filha compartilhavam uma conexão emocional profunda e compreendiam muito be