Clara
Eu tentava me concentrar no relatório que estava finalizando, mas era impossível. A mensagem dele ainda brilhava na tela do celular, como se fosse um lembrete do turbilhão no qual eu tinha me metido.
“Hoje à noite. A festa do Léo. Quero você lá comigo.”
Suspirei e deixei o celular sobre a mesa, esfregando as têmporas. Eu já tinha dito a ele que as festas não eram o meu lugar, que aquilo não combinava comigo. Mas desde quando Theo aceitava um “não” como resposta?
Minutos depois, ele apareceu na minha sala, o sorriso travesso no rosto e os olhos faiscando de expectativa.
— Não adianta fugir, Clara. Você vai comigo.
— Theo… — comecei, tentando ser firme. — Eu já disse, não quero. Esse tipo de festa não tem nada a ver comigo.
Ele se encostou na lateral da porta, cruzando os braços, com aquele ar despreocupado que só me deixava mais nervosa.
— Você não vai lá pela festa. Vai por mim. Porque eu quero você lá. Porque eu quero você ao meu lado.
Meu coração bateu mais forte. Era tão fáci