Rimena
Depois do episódio na chuva, foram três dias de muito silêncio na cabana. Só conversávamos o necessário do necessário.
Saymon tinha feito um bolo de cenoura com calda de chocolate. Me disse que era para comer por dois e nos desejou boa noite. Só isso.
Já eu, apenas respondi ao seu boa noite.
Jantei sozinha.
Estou cansada, confusa, irada, sem contar que meu corpo está reagindo cada vez mais a presença de Saymon. Tenho sonhos malucos onde ele está no sofá e eu estou tocando sua coisa não só com as mãos. Acordo suada, úmida entre as pernas e com muita vontade de fazer igual ao meu sonho.
Certa noite acordei com ele na beira da cama, sentado, me encarando.
— Saymon? — questiono. — O que faz aqui?
— Estava chamando por mim. — Não é uma pergunta.
Levada por resquícios do sonho, seguro sua calça e o puxo para mim dizendo seu nome como uma súplica.
Quando vou abrir o botão ele segura minhas mãos.
— O que houve? — pergunta intrigado.
Isso me acorda. Sinto o calor da sua mão nas minhas.