Alex
Portanto, dirijo-me imediatamente para a porta ao lado e ao abri-la, a encontro dormindo serenamente. Cuidadoso, me aproximo da cama e a olho em silêncio por algum tempo.
— Você está me matando por dentro, meu amor — sussurro com sofreguidão. — Não sabe o medo de que estou de te perder.
— Acredita mesmo que vai perdê-la, querido? — Tia Lina sibila baixo, cruzando os seus braços rente ao peito. — Não dá para perder alguém que te ama.
Meneio a cabeça em um não.
— Ela me odeia e está em me odiar. Eu deixei sozinha no momento que ela mais precisou de mim — falo, enquanto ajeito algumas mechas dos seus cabelos no lugar. — Eu fui… pretencioso, frio, egoísta e… ganancioso. Eu quis e não quis nada. E ela pagou um preço muito alto por isso. Eu não mereço o seu perdão, tia Lina.
— Não é sobre merecer, Alex. É sobre amar. Ela te ama e quando a sua raiva passar, você terá a sua segunda chance. Vou esperá-lo no meu consultório. Nós precisamos conversar sobre essa sua crise violenta de pânico.