Como tinha previsto, a chuva apareceu logo. Os dois já se enrolavam nas cobertas outra vez dividindo o espaço com o beagle que por agora perdoava o dono pela atitude mais cedo. De Lola ele parecia gostar, principalmente quando ela lhe dava um pedaço do sanduíche. A única coisa que teriam que fazer e se preocupar era voltar a tempo do jantar.
Depois de um tempo e sem chuva Max se sentava no píer por um momento sozinho. Refletindo vendo como nada ali tinha mudado, parecia o mesmo lugar que conhecia a anos atrás.
— Quer me contar o que tem nessa cabecinha? Deu para ver o quanto está distante. — Lola se sentava ao lado dele depois de um tempo, e entregava as duas fotos que tinha tirado a poucos minutos.
Ele e David caminhando juntos, e depois os dois sentados em silêncio, dava para entender a conexão dos dois. Eram inseparáveis.
— Olha amigão
Com Max tudo acabava sendo diferente, nunca se repetia e ele aos poucos estava conhecendo tão bem naquele requisito quanto ela mesma.— Está bem Ellora? — Bertina aparecia de repente tirando dos devaneios, colo estava a filha mais nova Isabel era a cópia da mãe. Mas tinha os mesmos olhos claros e atento dos pais e do tio — Parece que está preocupada.— Sim. Só um pouquinho ansiosa para amanhã. — Logo ela distraía brincando com a pequena, aos poucos ia ganhando mais intimidade dos sobrinhos.— Não se preocupe. A entrevista é bem pior. Soube que foram bem. — Claro que ela sabia. — Você é muito bonita e forma um belo casal com Max. O fotógrafo não vai ter trabalho algum. É só sorrir que dará tudo certo.Bertina diferente do que Lola pensava na primeira impres
Ela sabia que ele tocava piano, foi uma das coisas que teve que aprender com etiqueta uma das habilidades dele como príncipe. Mas nunca tinha o visto tocar pessoalmente.A avó parecia a mais interessada, e quando o olhar dos dois se encontravam via o sorriso surgir naquela boca perfeita que agora se voltava atenção para o instrumento luxuoso a sua frente. A rainha parecia não piscar, totalmente encantada com o neto.Talvez apenas para Lola que a era a primeira vez que via, ele realmente era muito bom e totalmente focado parecia se fundir a música como um só. Principalmente quanto mais dramática ela se tornava era a postura dele também. Aquela ele conhecia bem, era fácil tocar, devia ter ensaiado tantas vezes que agora parecia natural, não tinha nenhuma partitura a sua frente, tudo estava dentro da cabeça dele. Era inspirador, até Lola entrava em um modo de
Assim que a mulher a deixava sozinha, encontrava uma calça clara larga estilo pantalona em tom creme e uma blusa de golagrande que cairia perfeitamente no colo dela, pelo formato assimétrico tudo se unia perfeitamente. Só precisava de um casaco ou um blazer quer na mesma paleta ou um pouco mais escuro seria muito melhor que aquele vestido horrível.Charlotte aparecia assim que ela terminava de se vestir e a princesa já vinha acompanhada de Angelina e alguns casacos no braço.— Pelo jeito já resolveu, metade da crise. Gosto da ideia monocromática. — Charlie dava uma volta por ela olhando dos pés à cabeça e já pegava o casaco claro para Lola. — Tenta esse. —Max aparecia na porta do fundo, com um belo blazer azul escuro e um suéter quase da mesma cor. Ao menos estava sem gravata. Tudo era mais simples para ele, mas
Mas aos poucos sabia que Max ia se posicionando mais, tanto nas funções quanto no relacionamento deles. Como já tinha dito, queria fazer algo de verdade que valesse a pena. O que era bom para os dois, sem ter que aceitar tudo, principalmente o que o irmão acreditava saber o que eramelhor para eles. Queria provar, se mostrar certo de qualquer decisão que fosse tomar.De alguma forma os dois iam encontrando seu ritmo.— Talvez agora eles comecem a enxergar como é de verdade. Um homem maduro e capaz de tomar as suas próprias decisões. — Lola afirmou, com melhor sorriso, que era fato que o admirava.— Eu te amo, sabia? — Max adorava que ela era sempre sincera com ele, deixava claro como a via e esperava da relação, ao que parecia estava dentro de tudo que planejavam.Ambos pareciam felizes por estar fazendo tudo do jeito certo, com
O escocês estava certo, logo o lugar começava a encher rapidamente, ao que parecia o fim do dia útil tinha chegado e as pessoas iriam descansar. Era véspera de ano novo praticamente, tudo ia parando aos poucos. Todos debatiam qual deveria ser o principal prato nacional e Lola ficava enlouquecida quando ouvia Yasfys defendi um tal de Haggis, e insistia que ela deveria experimentar.— De jeito nenhum. Vai pulmão nisso. Vocês são loucos. — Ela apontava para todos e falava até alto, já estava um pouco alegre, claro que beber o whisky faria mais efeito e as canecas de cerveja não eram nada pequenas.— Vou ficar na minha batata e peixe.Max estava vermelho de tanto rir só vendo ela reagindo incrédula enquanto Charlie e a Yasfys dividiam uma torta com aquele recheio. O olhar dela era do tipo não vai fa
A cunhada estava se mostrando mais aberta para falar qualquer coisa com ela. Mas o assunto deixava uma ideia na cabeça dela enquanto voltava a prestar atenção nos dois que agora já se preparavam para cantar.Não sabia como, mas lá pela metade da música Charlie já arrastava Ellora para frente do palco para cantar junto com os dois, como duas fãs enlouquecidas. As duas dançavam, com os braços no ombro uma da outra. Aquela música parecia ser um hino para os membros da coroa que cantava a plenos pulmões.Max realmente cantava muito bem e deixava todos os agudos mais loucos e desafinados para a Elisa que a hora dançava sem parar. O pessoal do pub parecia gostar do show deles, e cantavam juntos do mesmo tom.— Insanity laughs, under pressure we're breaking.As duas dançavam agarradas, numa cantor
Assim os dois voltavam à mesa estava na cara de que tinham aprontado algo, mas nãonada, cada um viravaoutra dose de whisky.Charlie a olhava com aquele olhar de raposa, já imaginando que onde eles tinhamido, talvez só ela tivesse notado o sumiço dos dois. Sorrateiramente oferecia um brinde com cerveja à cunhada, ciente que o irmão agora parecia o cara mais alegre que tinha visto naquela noite.Para eles a noite estava apenas começando, e a forma que os dedos de Max passeavam pela nuca dela, a fazendo suspirar mesmo com calor que tomava seu corpo era torturante. Ainda não estava pronta para se render, apenas aguentava o vendo sorrir para ela de canto e quando via por trás abraçando e sussurrando alguma parte da música que tocava.Só fechava os olhos perdida no som da voz dele, ele sabia como mexer com os desejos dela.Yasfys
Os olhos de Lola agora encontraram Max cheio de malícia, totalmente excitada, desinibida e até um pouco mole pelo álcool ingerido. Ela estava bêbada, sim, mas a confiança no olhar dela não diminuía.Tinha certeza de tudo que falava, como o provocava, assim como quando levou os lábios até ouvido dele e sussurro duas palavras: sexo anal junto ao rebolado lento no colo dele, queria sentir toda a extensão do pau e calor.— Você quer? Agora? — Max a olhava agora por um segundo, surpreso, desconcertado e imaginando como as duas tinham chegado aquele assunto. Ele trazia o rosto dela para si. Entre as mãos, e descia pelo pescoço enquanto a olhava buscando certeza.— Nunca fizemos. Fiquei realmente pensando nisso depois que ela falou. — Ela gostava do jeito que Max olhava, com paciência e sempre qu