Pelo menos uma coisa acabou com minha frustração de ter meu beijo interrompido. Eu dei um belo soco no Daniel. Sem explicação. Só soquei o empata foda e fui dormir.
O resultado do seu barulho inconveniente é que logo no café da manhã eu notei Samantha estranha. Ela nem me olha nos olhos direito. Deve estar confusa, sem saber o que significou aquele beijo. Nem eu sei, mas não gosto dessa distância.
Samantha tomou o café rapidamente e saiu alegando precisar fazer alguma coisa.
Ela mal saiu e Daniel apareceu.
— Como eu vou trabalhar assim, idiota? — reclama sentando na minha frente.
— Não chame o papai de idiota, tio Dan.
— Idiota é quem chama o outro de idiota.
Minhas filhas vem em minha defesa.
— Isso mesmo, gatinhas. É feio chamar as pessoas de idiota. — Me viro para Daniel tentando esconder a vontade de rir da sua expressão ultrajada. — E você, tio Dan, eu não vou falar o que merece ouvir porque tem princesas no recinto.
— Pois eu tenho que voltar para Washington.