06 – DESAFIANDO O ALFA SUPREMO

POV: KEENAN

— A sacerdotisa garantiu nossa vitória na primeira guerra. — declarei com rispidez. Direcionei o olhar para Yulli e suas algemas, antes de enfrentar Constantine novamente. — Ela não tem regalias. Está sob minha custódia, impedida de usar magia.

Fechei o punho, contendo a fera que rugia para ser libertada.

— Respondo por seus atos. — Dei um passo à frente, encarando-o. — Se busca vingança pela incompetência do seu filho, enfrente alguém que pode revidar!

Constantine rosnou sem avançar. Senti Olson, meu lobo, agitar-se violentamente, exigindo carne e sangue.

Aproximei-me mais, mas antes que qualquer um de nós pudesse agir, Aaron moveu-se. O Supremo colocou-se entre mim e Constantine, sua postura irradiando uma autoridade que ninguém ousaria questionar. Seu olhar passou rapidamente por Constantine, uma repreensão silenciosa que congelou o outro Alfa no lugar, antes de se voltar para mim.

— Mandei você recuar, Keenan. — As palavras do Supremo soaram gélidas e ameaçadoras, sua presença esmagadora dominando o ambiente.

— Ele quebrou a lei e teve a audácia de me desafiar dentro da minha própria alcateia, Rei Lycan. — Falei lentamente saboreando cada palavra que carregava rosnados profundos enquanto minha saliva escorria por entre as presas. O peso de minha fúria quase palpável. — Estou apenas cumprindo meu dever como líder e protegendo o que é meu.

— Protegendo uma traidora! — Brando o Supremo, cheio de impaciência e autoridade. Seus olhos queimavam de ira, e sua postura irradiava ameaça. — Está desafiando minhas ordens, Keenan?

O ambiente parecia tremer com a tensão acumulada. Antes que pudesse responder, senti o toque quente e hesitante de braços ao redor da minha cintura. O gesto suave contrastava com o caos ao nosso redor. Virei ligeiramente a cabeça, meus olhos encontrando os de Yulli. Seus olhos púrpuras estavam marejados, o medo e a angústia claramente estampados em seu rosto.

— Vira-lata, pare! — Soou ela em um sussurro trêmulo, quase suplicante, enquanto seus braços apertavam minha cintura em um pedido mudo. — Por favor... você sabe o que acontece se desafiar as ordens do Supremo...

O tremor em seu corpo e a sinceridade em seu olhar trouxeram um instante de hesitação. Mas o rosnado baixo e imponente do Supremo quebrou o momento. Aaron deu um passo à frente, suas garras completamente expostas enquanto seus olhos predatórios e perfurante.

— Escute a feiticeira, Keenan. — Sua voz era fria e letal, cada palavra impregnada de uma promessa de consequências. Seu poder emanava de forma imensurável. — Se ousar dar mais um passo, eu mesmo o matarei!

— Constantine... — Minha voz ecoou firme, ainda ofegante enquanto ajustava minha postura. Pousei a mão sobre a cabeça de Yulli, um gesto para tranquilizá-la, enquanto mantinha meus olhos fixos no Alfa à minha frente. — Considere-se sortudo por nosso Rei Lycan ser benevolente. Na próxima vez que me desafiar, nem mesmo ele poderá salvá-lo.

— Alfa Supremo, eu exijo a cabeça dessa assassina m*****a! — Constantine pressionou a mão contra o abdômen ferido, que começava a se regenerar pela essência lobisomem, mas o ódio em sua voz era evidente. — Permita-me vingar a morte do meu filho!

Um sorriso frio surgiu em meu rosto, os caninos à mostra em uma provocação clara. Estralei a língua antes de falar, cada palavra carregada de desprezo.

— Talvez eu devesse poupar seu sofrimento e enviá-lo para junto do seu filhote. Ou será que é tão covarde que prefere viver na sombra da vingança?

— Estou farto de você, Keenan! — rugiu Constantine, o ódio transbordando em cada palavra enquanto seus punhos se fechavam com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. — Você deveria ter permanecido como um beta! Essa bruxa não merece proteção!

Minhas garras se retraíram por um instante antes de eu avançar um passo, meu olhar fixo e implacável.

— Mas ela tem a minha proteção. E qualquer um que se opuser a isso será meu inimigo declarado! — O rugido que saiu do fundo do meu peito fez o ambiente vibrar, o chão sob nossos pés parecendo responder à minha fúria. Até mesmo o Alfa Supremo estreitou os olhos, avaliando-me em silêncio. — Lembre-se disso, Constantine: eu não faço ameaças vazias.

Antes que Constantine pudesse responder, a voz firme e cortante do Rei Lycan preencheu o espaço.

— Constantine, as câmeras da cidade não mentem. Seu filho estava caçando a feiticeira, acompanhado pelos errantes. — Aaron o encarou de canto, sua autoridade inquestionável. — Embora a feiticeira estivesse fora da jurisdição de proteção do Alfa do Norte, suas ações foram claramente defensivas. Você sabe disso tão bem quanto eu.

— Está me dizendo que ela sairá impune? — Constantine vociferou, sua voz cheia de incredulidade enquanto o ódio brilhava em seus olhos. — Ela matou o meu filho!

— Ela se defendeu! — O Rei Lycan o interrompeu com um rosnado que reverberou pelo ambiente, silenciando qualquer resposta. — Se seu filho não foi capaz de enfrentar uma bruxa, o peso de sua morte não recai sobre ela, mas sobre você e sua falha como pai e Alfa!

O corpo de Constantine tremeu, cada fibra dele pulsando com a raiva que não conseguia conter. Seus punhos estavam cerrados com tanta força que as garras cravavam na própria carne, fazendo o sangue escorrer pelas mãos. Ele ergueu o olhar, sua atenção completamente fixa em Yulli. Antes que pudesse dar mais um passo, me movi, colocando-me entre os dois. Minha postura era firme, meu olhar fixo no dele, avaliando sua hostilidade enquanto o encarava com desprezo.

— Grave bem minhas palavras, Alfa do Norte. — A voz dele era um misto de ameaça e fúria contida. Constantine ergueu o punho em nossa direção, cada movimento carregado de intenção. — Se eu não tiver a cabeça dessa bruxa em uma estaca ou bandeja, irei atrás da sua!

Ele se virou abruptamente, os passos firmes ecoando no chão. Mas antes que pudesse se afastar completamente, pigarreei deliberadamente, deixando minha provocação clara.

— Já parte? Está cedo. Fique para o café. — Sorri sarcasticamente. — Acho que não fui um bom anfitrião.

Constantine respondeu com um rosnado violento antes de se retirar pisando forte. Observei-o sumir de vista, mantendo o sorriso irônico.

— Keenan. — Aaron cortou com autoridade, me fitando com frieza. — Ele enterrou um filho. E vocês já causaram destruição suficiente!

— Sei por que veio, Alfa Supremo. — declarei, impaciente. — Diga logo a decisão do Conselho.

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