Alex balançou a cabeça e deu uma risada curta.
Ele sabia que Sophia o desprezava.
— Sophia, deixe-me mostrar a você o que…
Ele tentou mostrar um pouco de quem ele realmente era, mas Sophia virou as costas e caminhou em direção ao estacionamento.
Um Porsche Panamera branco, com quatro lugares, parou bem na frente deles.
Uma jovem deslumbrante saiu do carro com uma graça natural, seu vestido elegante e joias brilhantes realçando sua aparência impecável e sofisticada.
— Sophia! — Ela abraçou Sophia calorosamente.
— Lyra, obrigada por vir. — Sophia respondeu, animada.
— Vim assim que recebi sua mensagem. — Lyra sorriu, lançando um olhar avaliador de cima a baixo em Alex e balançando a cabeça em reprovação.
Não havia nada de valor nele, absolutamente nada.
Exceto por ser um pouco bonito e ter um corpo que parecia razoavelmente em forma, aquele homem era completamente insignificante.
Quando Sophia enviou uma mensagem dizendo que tinha sido forçada a se casar com um perdedor e precisava de ajuda, Lyra achou que ela estava exagerando.
Mas, ao ver Alex pessoalmente, Lyra percebeu o quão azarada Sophia realmente era.
A maioria dos pretendentes de Sophia geralmente carregava cerca de dois milhões reais em acessórios e roupas.
No entanto, aquele homem à sua frente, no máximo, carregava 200 reais.
— Alex, esta é Lyra, minha melhor amiga. — Sophia tentou conter o desgosto e soou o mais educada possível.
— Prazer em conhecê-la, Lyra. — Alex disse, estendendo a mão por educação.
No entanto, Lyra recuou, com um olhar evidente de desprezo.
— Sabe de uma coisa? Gente insignificante deveria saber o seu lugar.
Ela ignorou a mão de Alex e envolveu os braços em torno de Sophia.
Alex deu uma risada fria e baixou a mão.
— Vamos logo, já estamos atrasadas para o evento do Chris Roland no Clube Honra Real. — Lyra disse com um sorriso malicioso.
Quase todo mundo em Valcura sabia que Chris Roland era um dos mais devotos pretendentes de Sophia.
Lyra sempre acreditou que Chris acabaria se casando com Sophia.
O pai de Chris trabalhava para Alfred Kingston, enquanto Chris era o CEO da Biohealth Solution, uma das empresas que apoiavam os negócios de Alfred Kingston.
Além disso, na hierarquia de riqueza de Valcura, que era dividida em cinco níveis, a família de Chris era considerada de terceiro nível, acima da família Lancaster, que estava no quarto nível.
Por isso, na visão de Lyra, Chris e Sophia eram o par perfeito.
— Claro. — Sophia respondeu com entusiasmo. — Alex, você deveria vir conosco.
— Com certeza. — Alex arqueou as sobrancelhas.
Talvez Sophia ainda estivesse tentando cumprir o desejo do avô de levá-lo para conhecer os lugares.
Enquanto isso, Lyra sorriu com desdém, internamente satisfeita.
Ela já havia avisado Chris Roland com antecedência.
Chris estava furioso e ansioso para dar uma lição em Alex, uma lição que o faria refletir profundamente enquanto estivesse em uma cama de hospital.
Lyra queria que Alex entendesse que ele era apenas um sapo no fundo do poço, completamente deslocado naquele estilo de vida de luxo e, acima de tudo, inadequado para Sophia.
— Vamos então.
Eles entraram no carro de Lyra, que os levou ao Clube Honra Real.
Era um dos clubes de artes marciais mais exclusivos da cidade, destinado apenas à elite e aos ricos.
Nenhuma pessoa da classe média podia entrar, devido aos altos custos.
Mesmo para os mais ricos de Valcura, o clube era considerado absurdamente caro.
Se alguém do nível mais baixo de riqueza visitasse o clube, ficaria chocado ao ver como os membros gastavam o equivalente ao salário de um ano inteiro em apenas um dia.
Ao chegarem, Alex percebeu que o clube era especializado em artes marciais e máquinas de guerra.
Nos dias de hoje, as artes marciais eram extremamente populares, especialmente o manejo de espadas, e a maioria das pessoas aprendia algumas técnicas, mesmo que básicas.
— Mal posso esperar para ver o Chris na luta dele. — Lyra disse animada, puxando Sophia apressadamente em direção à entrada do clube, deixando Alex para trás.
A porta automática de vidro se abriu, reconhecendo os rostos dos membros, e o segurança do lado de fora fez uma reverência respeitosa para elas.
Quando Alex se aproximou da entrada, a porta de vidro se fechou bem na frente do rosto dele.
O segurança olhou para Alex com desdém.
— Motoristas ou empregados não têm permissão para entrar. Dê o fora.
Lyra sorriu com superioridade enquanto puxava Sophia para dentro.
— Deixe ele aprender o lugar dele; ele nunca estará onde estamos.
— Quem disse que sou motorista ou empregado? Quero entrar. — Alex respondeu com calma.
— Então torne-se um membro. — O segurança bocejou. — Você acha que qualquer zé-ninguém como você pode simplesmente entrar aqui? Saia agora, ou vai se arrepender.