Ter Camila entregue ali, sem reservas, cheia de desejo e confiança, fez algo dentro de mim se afirmar com força: ela era única.
Depois daquele momento intenso, tomamos um banho juntos, rindo, trocando carinhos e palavras sussurradas. Seguimos para preparar o café, em um clima leve, íntimo.
Mas eu não esperava encontrar meus pais ali. E menos ainda que tivessem a ousadia de insultá-la, logo ela. Aquilo eu jamais admitiria. Eles não têm moral pra julgar Camila nem qualquer direito de interferir no que estamos construindo. Não dessa vez. Não com ela.
Depois do desabafo que me libertou de anos de silêncio, sentamos para tomar o café. O clima estava mais leve, e enquanto eu me aproveitava de um momento de distração dela para roubar um beijo, o celular tocou.
Ela riu, sem conseguir disfarçar o bom humor, e se afastou para atender.
- Me desculpa, são meus pais. Preciso atender.
- Não precisa se desculpar. Atende, claro.
Ela se afasta um pouco, ainda sorrindo. E só pelo tom da sua voz, suave,