Se Renatta não tivesse percebido que Cristina estava tentando juntá-la com Lorenzo, ela seria uma tola.
— Sr. Lorenzo, sente-se. Vou lavar umas frutas. — Disse Renatta.
— Não precisa, não vou comer. — Respondeu Lorenzo.
— Vou lavar só um pouco.
Renatta pegou uma bacia, despejou as frutas na cesta e se dirigiu à cozinha. Assim que ligou a água, uma mão longa e firme estendeu-se por trás dela, pegando a cesta de suas mãos.
— Deixa que eu faço. — Disse Lorenzo.
— Não precisa, eu faço. Que absurdo seria deixar o convidado trabalhar.
— A água está fria.
Diante do olhar firme e irrefutável de Lorenzo, Renatta hesitou e, aos poucos, suas mãos se fecharam, sem insistir mais.
Lorenzo tirou o paletó e o entregou para ela:
— Segura pra mim.
Renatta pegou o paletó, ainda com o calor do corpo dele e o leve perfume de pinho que ele sempre exalava. Suas mãos, quase sem perceber, se apertaram um pouco mais ao redor da peça.
Lorenzo, sem olhar para ela, virou-se e começou a arregaçar as mangas da camis