Ao ouvir essas palavras, o rosto de Malom empalideceu, e ele se agarrou às pernas de Lertino:
— Tio, eu só cometi um erro bobo, me perdoe desta vez! Eu prometo que, daqui em diante, sempre consultarei o senhor antes de agir. Por favor!
O olhar suplicante de Malom não provocou a menor reação em Lertino, que simplesmente o afastou com outro chute:
— Você acha que sou idiota? Se houve uma vez, haverá uma segunda e uma terceira. Vá pedir perdão à família Borges, e se não aceitarem, não há nada que eu possa fazer. Vai ter que ir para a prisão.
Ao ouvir essas palavras frias, Malom mal podia acreditar no que estava ouvindo:
— Tio, o senhor me criou desde pequeno, será que, no fundo, eu ainda sou inferior ao seu filho biológico, Lorenzo?
Lertino deu outra risada sarcástica:
— Nem é questão de sentimento. Você é tão burro que, se eu entregasse a família Amorim a você, seria o fim dela!
Nos olhos de Malom brilhava a fúria e a frustração:
— E como o senhor pode saber, sem nunca ter me dado uma ch