Fiona estava relaxando em sua cama da enfermaria, assistindo meio distraída a uma novela, quando a porta explodiu para dentro.
Seu sangue virou gelo.
David — o homem que a havia abandonado no nascimento — estava emoldurado na porta, seu sorriso familiar torcendo feições que ela havia tentado tanto esquecer.
— O que você quer? — Sua voz pingava veneno, mas seus dedos se cravaram nos lençóis.
A risada dele arranhou como unhas na pedra.
— Ainda fazendo de vítima? Se eu não tivesse te despejado na Alcateia Sombria, você nunca teria conseguido enganar seu caminho para dentro desta família rica.
— Cinco milhões. Transferidos até sexta-feira.
Ela se lançou para cima, monitores apitando descontroladamente. — Depois de vinte e seis anos, agora você se lembra que tem uma filha?
David se acomodou na cadeira de visitante como um rei reivindicando seu trono.
— Sei sobre as assinaturas falsificadas. As joias roubadas. Aquele pequeno incidente com a gravidez da empregada. — Seu sorriso se tornou fero