07. A mansão
O carro estacionou em frente a uma mansão.

Engoli as lágrimas durante toda a viagem. Ele abriu a porta do carro e ordenou que eu saísse.

Uma voz em minha mente dizia que eu não era culpada por nada disso, mas todos os acontecimentos em minha vida pareciam fadados à desgraça.

Havia apenas um buraco em meu peito, que me fazia gritar de tanta impotência.

Eu estava possessa de ódio, ele me consumia, o meu interior gritava, eu parecia uivar em desespero, estava confusa.

A fachada da casa era estonteante, com carvalhos-brancos muito comuns aqui em Portland.

Eu observava tudo atentamente, tentando entender o que este homem queria comigo. Se eu tivesse escolhido, estaria bem longe dessa cidade e de tudo que a rodeia.

Ele era tio de David, e se eu pedisse ajuda a ele?

Provavelmente isso não daria certo. David jamais ficaria contra o tio.

"Entre", William diz sem me olhar."

Fiz como o mesmo pediu, não iria provocar a sua ira novamente, o tapa desferido em meu rosto já fora o suficiente.

E
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