POV: ORION
Minhas mãos estavam fechadas em punhos, os nós dos dedos pulsando de tanta força. A pele rachada sangrava, e mesmo assim continuei. Socava a árvore como se ela pudesse me devolver alguma resposta. Como se quebrá-la ao meio fosse fazer o medo sumir. O medo de perder meu pai. O medo de perder meu irmão.
Um estalo surdo ecoou quando meus dedos acertaram mais uma vez o tronco. Doeu. Mas não tanto quanto ver a expressão do meu irmão antes de cair, sendo jogado como um trapo no chão sobre a poça de sangue, sem responder aos meus gritos.
— Acorda logo, idiota... — murmurei entre os dentes, arfando, com o peito subindo e descendo sem controle. — Você sempre se levanta, sempre ri... então por que agora tá quieto?
“Sua mão está sangrando.”
Congelei.