POV: DAIMON
— Para com isso. — Ela murmurou, arfando, apertando os olhos com força enquanto fincava as unhas nos próprios braços, como se tentasse se manter ancorada na realidade. — Por favor, Daimon... Sou apenas uma humana, sempre fui. Eu não sei o que você vê em mim, mas... e se não encontrar? — Sua voz vacilou, embargada. — Vai me descartar?
O riso que vibrou em meu peito foi grave, irônico, carregado de um sarcasmo tão puro que ecoou em todo o ambiente como uma promessa obscura. Dei mais um passo à frente, encurtando de vez qualquer distância que ainda teimava em existir entre nós. Passei o braço ao redor da sua cintura com brutalidade controlada, puxando-a para trás, colando nossos corpos.
Airys arfou, o quadril dela roçando contra o meu de forma deliciosamente inocente e inconsciente.
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