POV: AIRYS
Um riso baixo, rouco e carregado de perigo escapou de sua garganta, vibrando como um trovão abafado entre nós. Abaixei a cabeça, os olhos fixos no seu rosto marcado, respiração pesada, quase descompassada. Seus dedos estavam pressionados contra a ferida que voltava a sangrar.
— Sente-se, preciso ver isso. — murmurei firme, tentando manter o controle, mesmo com o coração disparado e os olhos ainda marejados. Respirei fundo, limpando o rosto com um gesto raivoso. Me aproximei com a intenção de ajudá-lo... só que ele não me deu chance.
Em um segundo, fui puxada com brutalidade e envolta por seus braços fortes, presos como correntes em volta de mim. Meu corpo foi arrastado para o dele com uma facilidade animalesca. Senti o ar sair dos pulmões no impacto. Ele afundou o rosto nos meus cabelos, respirando fundo, como se qu
POV: AIRYSMinha resposta foi um gemido alto, desesperado, enquanto minhas coxas tremiam ao redor das dele. Ele tombou a cabeça de lado, com aquele olhar predatório e sorrindo faceiro de canto:— Venha. — Ele grunhiu, a voz baixa e rouca vibrando pelo ar. Saiu do batente com passos pesados, meio cambaleando, mas ainda assim emanando aquela aura brutal que fazia meu corpo inteiro reagir. Fiquei ao seu lado, acompanhando, até ele parar diante da lareira. Seus olhos me lançaram um relance rápido, antes de puxar um pano que cobria um quadro.O ar sumiu dos meus pulmões.— Estes são… — Apontei, sem conseguir desgrudar os olhos da imagem. — Não eram gêmeos…— Não. — Ele rosnou, os dentes rangendo. — Éramos trigêmeos. Raiker, o mais velho. Eu sou o segundo. K
POV: AIRYSAntes que eu dissesse qualquer coisa, ele já estava ajoelhado diante de mim, puxando o resto do vestido pelas minhas pernas, me livrando do tecido molhado com pressa. Jogou no chão sem nem olhar. Seus olhos estavam cravados entre minhas pernas como se me devorasse só com o olhar.— Precisamos conversar, Daimon... — suspirei, fraca, tentando manter algum controle. Mas minha voz já saía entrecortada de desejo, e ele sabia disso.— Conversar? — Ele subiu pela minha perna, mordendo minha panturrilha, os dedos apertando minha carne com força, deixando marcas. — Agora? — continuou subindo mais, até morder a parte interna da coxa, sugando, lambendo.Me arqueei, as mãos agarrando o tecido da poltrona. Arfei alto.— Droga… — gemi. — Você está me distraindo!
POV: AIRYSA palma dele massageou a área sensível logo depois, e então ele se inclinou, beijando minha lombar, subindo com os lábios pelas costas até alcançar meu pescoço. Seus dentes arranharam minha pele. Mordiscou até alcançar meu ouvido.— Entendo que protegeu nossos filhos... — ele murmurou com a voz áspera, carregada de fúria e desejo misturados. — Mas não te perdoo por ter ficado longe dos meus braços.Daimon beliscou minha bunda com força, fazendo o ar escapar dos meus lábios. Sua mão deslizou pela minha frente, encontrando meu clitóris com precisão. Começou a massagear em círculos, pressionando, estimulando, provocando. O prazer me atingiu como uma faísca elétrica. Me inclinei mais, arqueando o corpo, buscando o contato, desejando ser completamente tomada p
POV: AIRYSGemi alto, cavalgando mais forte, mais rápido, mais desesperada. Meus quadris se chocavam contra os dele com força, os gemidos dele se misturando aos meus. O som da nossa pele se encontrando, da minha intimidade molhada engolindo-o, do nosso suor, do nosso descontrole, preenchia tudo.Daimon desferiu outro tapa na minha bunda, rugindo. Meu corpo inteiro tremeu. Estávamos suados, colados, a temperatura entre nós explodindo. Eu estava no limite. Me agarrava nele como se minha vida dependesse disso.Ele então se sentou, me mantendo encaixada, as mãos cravadas em mim. Meus seios se comprimiram contra sua mão que os agarrou com força, beliscando os mamilos enquanto mordia meu ombro e beijava meu pescoço.Minha cabeça caiu para trás, sobre o ombro dele, arfando, totalmente entregue.Sua mão desceu pela min
POV: AIRYS— Orion é o mais velho. — comecei sentindo o olhar de Daimon pesar sobre minha pele como um toque quente. — É sua cópia. No rosto, nos olhos, na forma de andar... até na maneira de calar o que sente. Isso me assusta às vezes. Ele sente que precisa proteger os irmãos... e a mim. Sempre.— Um verdadeiro primogênito. Forte. Formidável. — ele rosnou baixo, com orgulho evidente na voz.— Theron é o segundo... — continuei, com um sorriso nos lábios que nasceu sozinho. — Tem o dom natural de se meter em confusão. É impossível ficar bravo com ele por muito tempo. Mas é tão protetor quanto o irmão. Quando os dois estão juntos, parecem pequenos soldados, prontos para qualquer batalha.— Esse com certeza puxou a mãe. — Daimon rosnou com um tom rouco e provocador. Seus dedos tocaram meu queixo, me forçando a encará-lo. Seus olhos terrosos, firmes, me queimaram. E eu sorri, mesmo trêmula por dentro.— E o caçula? — ele perguntou, a voz mais baixa, mais próxima. Quase senti o calor da re
POV: AIRYSEle não respondeu de imediato. Senti seu olhar pesado sobre mim, como se avaliasse cada fragmento partido que eu expunha. Então, com um movimento lento, roçou a ponta dos dedos no meu queixo, me forçando a erguer o rosto. O toque dele era firme, possessivo, desenhando meus traços como se quisesse memorizar cada linha da minha pele.— Você sempre desejou ter uma família, pequena. — Disse em um tom rouco, quase cruel de tão verdadeiro. — Mas sua lealdade continua sendo depositada nas pessoas erradas.— Não mais. — Sussurrei com firmeza, pousando minha mão sobre a dele. Apertei com força, cravando os dedos na sua pele quente e dura. — Nunca mais, Daimon. Sou sua Luna. Quero nossos filhos de volta. E farei o que você mandar para conseguir.Ele inclinou levemente a cabeça, os olhos escuros me devorando como um predador analisando sua presa. Vi sua língua passar lenta e provocativamente pelas presas, pensativo, o movimento animalesco e brutal que fez meu corpo inteiro enrijecer d
POV: AIRYS— Estive lá. — Ele falou devagar, a voz baixa e carregada de ameaça. — Vasculhei cada pedaço. Nunca encontrei sinal de hospital... nem de pacientes.Engoli seco, sentindo o desespero começar a me corroer.— Eu... — balancei a cabeça, tentando organizar os pensamentos. — Eu não sei como explicar isso...Suspirei, buscando forças para continuar.— Colen... ele é híbrido. — Disse devagar, observando cada reação dele. — Jaqueline, aparentemente, é humana. E a irmã dela... — Travei a mandíbula. — Nunca cheguei a conhecê-la, mas diziam que era uma Lupina. Nunca entendi como três espécies podiam ser irmãos.— Porque não eram três espécies diferentes! &mdash
POV: AIRYSO peso do momento caiu sobre meus ombros. Não havia escapatória. Não havia dúvidas.“Não temos escolha... Sele o nosso destino e traga nossos filhos de volta.”As palavras simplesmente escaparam dos meus lábios, sem que eu pudesse controlá-las. Sem pensar. Sem racionalizar. Elas apenas... foram.O brilho de satisfação que cruzou os olhos de Fenrir me arrepiou até a alma. Seu queixo se ergueu com arrogância selvagem, como um rei diante da submissão da sua rainha.Sua garra se moveu lentamente, descendo pelo meu pescoço, o toque firme e cortante arranhando a pele de forma provocativa até chegar ao local onde a marca de Daimon queimava, viva e pulsante.Eu estremeci violentamente, o corpo reagindo sem permissão, arfando sob a provocação crua daquele contato.“Excelente, pequena.”O rosnado dele vibrou entre nós, carregado de um prazer cruel. Ele estalou a língua, o som rompendo o silêncio como um estalo de chicote.“Quando chegar o momento, deixarei minha marca em sua pele...