Entre Silêncios e Verdades
O silêncio da noite parecia uma extensão das incertezas que rondavam minha mente.
A mansão, apesar de iluminada por abajures discretos, estava mergulhada em uma calma que beirava o desconforto.
Leonardo caminhava de um lado para o outro na sala de estar, segurando um copo de uísque, mas sem realmente bebê-lo.
Seus olhos, fixos em mim de vez em quando, denunciavam uma inquietação que ele insistia em camuflar.
— Você está me evitando? Perguntei de repente, cansada da dança invisível que travávamos desde o jantar.
Ele parou, me encarou com um olhar firme, e por um instante achei que fosse simplesmente desviar.
Mas Leonardo não era homem de recuos fáceis.
— Estou tentando não te esmagar com a intensidade do que sinto, Helena. Sua voz saiu grave, quase um desabafo.
— Você chegou de repente, bagunçou tudo o que eu considerava certo, e agora parece que cada segundo ao seu lado é um teste de resistência.
A confissão me pegou de surpresa. Meu peito apertou, com