Mundo de ficçãoIniciar sessãoAurora tinha adormecido no final da tarde, depois de um dia incomum, cheio de silêncios profundos e olhares que pareciam carregar segredos demais para uma criança tão pequena. O quarto dela estava iluminado apenas pelo abajur ao lado da cama, criando sombras suaves nas paredes e transformando o espaço em algo quase etéreo. Havia um cheiro leve de lavanda no ar, e por um instante, senti a estranha sensação de que aquele era o único cômodo da mansão que parecia respirar de forma diferente.
Eu ajeitei a coberta sobre ela com cuidado, tentando não fazer barulho. Aurora dormia como se estivesse sempre pronta para acordar assustada, como se o sono fosse um lugar perigoso demais para ocupar completamente. A respiração dela era leve, quase inaudível.







