Claire LeBlanc era uma garota rica, herdeira de uma família multimilionária, mas nem tudo se pode comprar com o dinheiro, e ela notou isso ao ver seu noivo a traindo com uma de suas amigas. Como vingança, ela acaba dormindo com um estranho, mas a grande surpresa para ela, é que esse estranho é Alexis Gallagher, o melhor amigo de seu ex-noivo e também, um dos CEO's mais famosos e poderosos da atualidade, tendo assumido a empresa da família Gallagher com apenas 19 anos e triplicado o patrimônio aos 23 anos. Agora, Claire está entre a cruz e a espada, porque Alexis não parece propenso a esquecer-se da noite que tiveram juntos, mas o coraçãozinho da garota, ainda parece balançado pelo ex-noivo. O que ela irá escolher? Um casamento fracassado ao declínio, ou uma aventura e um pequeno escândalo com um CEO tremendamente gostoso e sexy?
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Não havia nada que o dinheiro não pudesse comprar.
Era algo que eu tinha conhecimento desde o berço, porque desde jóias a pessoas… todos eram entregues a você, caso você mostrasse os zeros depois da vírgula, que existiam em sua conta bancária. E quando você era um LeBlanc? Isso ficava ainda mais aparente, e brilhante como jóias recém lapidadas.
Quer saber qual era a maior prova disso? Era o baile anual. Baile esse que sempre causava discórdias, gritos, choros e principalmente alegria. Porque além de ser o evento mais aguardado de todas as famílias que possuíam um certo renome (e já eram rostos repetidos nesse evento), também era algo que os new richs ansiavam — já que se a sua família recebesse um convite, era quase certo que os contatos brotaram na sua porta, além de claro… isso ser uma prova de que a família LeBlanc… te admirava de alguma forma.
E esse baile em específico? Eu havia sido a pessoa responsável por organizar.
Fiquei quase um mês inteiro sem dormir direito por conta dos planejamentos, vi tantas paletas de cor que eu não sabia mais distinguir entre azul bebê e ciano, — junto de todas as questões como bufê, vestimenta e etc…
Mas honestamente? Isso agora não importava, porque eu estava nos holofotes, e eu também… estava descendo aquelas belas escadas que me permitiam admirar todo o meu trabalho duro.
As mesas estavam do jeito que eu queria, as flores posicionadas onde eu falei para colocarem, e o lustre que eu havia escolhido para se adequar mais a decoração que eu havia escolhido? Estava do jeito que eu havia imaginado.
Mas faltava algo.
O meu noivo não estava lá.
"Ele disse que seria a primeira pessoa que eu veria…" acabei pensando enquanto eu ainda me obrigava a sorrir, manter a minha expressão serena enquanto todos aqueles olhares — estavam sobre mim.
Porém, achei que fosse impressão minha não conseguir ver George no salão, suspeitei até mesmo que os culpados eram os holofotes que estavam bem na minha cara, limitando a minha visão pela claridade.
Mas… mesmo quando eu cheguei até o último degrau, ele não estava lá.
Não estava me esperando.
— Claire, querida! — uma das convidadas veio em minha direção, junto a grandes esmeraldas em seu colo, em suas orelhas, — esse evento está divino! A decoração, a música… céus!
Sorri.
— Fico lisonjeada. — Respondi, um sorriso orgulhoso brotando em meus lábios, os meus olhos procurando o meu noivo de força discreta, — o que achou das bebidas e dos aperitivos? Foram de seu agrado?
— Querida! Eles estão no nível dessa festa, deveria me passar o nome do lugar que os serve, — ela logo respondeu, apenas para eu lembrar de como foi difícil achar esse lugar, além das degustações.
Até parece que eu ia dar aquele lugar de mão beijada.
— Claro, eu te passo o número quando puder. — Menti, — agora se me dá licença, eu preciso… encontrar alguém.
— Deve estar procurando o seu noivo, não é? — Ela soltou, — é um pecado ele não estar aqui, ainda mais, por ter abandonado você em um evento tão importante.
Suspirei.
Suspirei e dei um jeito de fazerem os meus lábios se arquearem, do jeito mais social que eu conhecia.
— Ele deve estar ocupado. — Falei mais para mim mesma do que para aquela senhora à minha frente, — agora, eu espero que consiga aproveitar bem o evento. — Respondi ao ir para outra direção, e procurar George em todos os cantos que eu sabia que ele geralmente se enfiava, enquanto eu dava um jeito de ser uma boa anfitriã, e conversar com todos os convidados que chegavam até mim, até chegar em um ponto que eu tinha encontrado literalmente todo mundo, menos o meu noivo!
Bufei.
Eu tentei dar todas as desculpas possíveis para ele quando eu desci as escadas e não o achei, e quando comecei a andar de um lado para o outro que nem uma barata tonta. Também tentei pensar no melhor de George.
"Ele deve ter ido até o toilette", pensei, ou até mesmo, "ele deve ter se escondido, ou pode ter pensando em uma surpresa pra mim, só deve estar…, esperando que eu o encontre."
Só que não tinha mais como ser nenhuma dessas alternativas.
Isso me deixou exausta, os meus pés latejavam de tanto andar, e honestamente? Eu não aguentava mais ficar sorrindo quando tudo o que eu queria… era que o meu noivo estivesse ao meu lado.
"Tudo bem, Claire… ele vai ter uma ótima justificativa…" falei para mim mesma ao procurar qualquer sala que estivesse vazia para me deitar, e quem sabe descansar um pouco, "certeza que aconteceu alguma coisa aí ele não po-..."
— M-mais… mais fundo… ah! — Eu escutei uma mulher gemer assim que abri uma das portas — e para o meu total desprazer — era George, o meu George que estava metendo nela.
Ele estava fodendo uma mulher que não era eu.
Uma que estava de quatro, com o vestido praticamente… jogado no chão.
— Vão demorar muito? — Perguntei, uma das minhas sobrancelhas arqueadas, os olhos azuis de George me encarando com certa surpresa.
— Claire? — Ele tirou o próprio pau da garota, que agora que tinha o seu rosto levantando, e o seu cabelo jogado para trás… eu vi que era uma das minhas amigas.
Vanessa Adams.
Claro… o que mais eu deveria esperar? Porque essa situação já não era clichê o suficiente.
— George, Vanessa. — Soltei com puro desdém, um que era apenas uma máscara já que o meu peito doía, e a vontade de chorar, era avassaladora.
Mas eu ainda era uma LeBlanc.
Eu não ia demonstrar fraqueza para traidores.
— Claire, me escuta…
— O que eu teria para escutar? Que você caiu e o seu pau entrou dentro dela? — A minha voz era carregada de rancor, — que você foi dopado e quando viu estava trepando com ela, talvez? Ou melhor! Você foi enfeitiçado?!
— Pare de brincar, Claire! — Ele aumentou o próprio tom, os olhos dele agora me fuzilando enquanto ele se aproximava, — acha que foi fácil pra mim?
Fácil?
Para ele?
Só podia ser uma piada, certo?
Tinha que ser uma.
— Fácil para você? Sabe como eu me esforcei esse último mês para você só… não ligar e foder com a minha amiga? Fala sério, George! Você disse que estaria lá! Disse que seria a primeira pessoa que eu veria e-...
— Você consegue parar de pensar apenas em si mesma em algum momento?
Os meus olhos se arregalaram.
— Como é?
— Isso mesmo que você ouviu. — Agora o tom de George era frio, seus olhos opacos, — sabe como eu me esforcei? Mesmo vendo a minha noiva dando atenção para qualquer coisa que não fosse eu! Você sempre faz isso, Claire! Você sempre fica focada nos seus projetos, e quando essa porra de baile veio? Estragou tudo ainda mais!
Estragou?
Ele só… podia estar brincando, não é?
Caralho… eu…
Eu tinha que sair dali.
— Claire, nem ouse! — George tentou me impedir, mas eu já tinha conseguido atravessar a porta, indo pelos fundos até o jardim, me esconder que nem um rato covarde.
— Que patético… — funguei, as lágrimas finalmente saindo pelos meus olhos, — eu não acredito nisso, eu… Claire LeBlanc fui traída? Isso só… podia ser uma piada.
Ri da minha desgraça, até eu escutar passos vindo se aproximando.
Merda.
Isso é sério?
"Por favor, que não seja o George." Supliquei do fundo da minha alma, mas… não era ele.
Era na verdade, um homem alto, loiro e que… possuía olhos belos como topázios, junto de uma expressão preocupada em seu semblante.
Bom, ótimo!
Eu tenho poucos minutos de solteira, e é assim que eu me deparo com o primeiro homem bonito que eu encontro.
Parabéns, Claire…
CLAIRE LEBLANCA luz suave da manhã atravessava as cortinas do quarto, banhando tudo em um brilho dourado. O ar estava calmo, o som suave da respiração de Alexis ao meu lado era um conforto silencioso. Eu me aconcheguei um pouco mais na cama, olhando para ele, que ainda dormia profundamente. O rosto dele, sempre tão calmo, estava relaxado como eu nunca o tinha visto antes. Estávamos em paz. Finalmente.Nos últimos meses, a nossa vida mudou completamente. Alexis e eu havíamos encontrado algo que sempre pareceu tão distante: tranquilidade. Depois de anos de tempestades, traições, medo e caos, tudo parecia ter se estabilizado. Nosso casamento foi o primeiro passo, mas o verdadeiro marco de tudo isso estava nos meus braços agora, dormindo tranquilamente, sem a menor ideia de que era o centro do nosso mundo.Olhei para o nosso filho, tão pequeno e frágil, enrolado nos cobertores macios. Henri. Ele se mexeu levemente, os olhos ainda fechados, e eu sorri, sentindo uma onda de amor me inundar
CLAIRE LEBLANCEu estava olhando para o espelho, tentando absorver a realidade daquele momento. Meu casamento. Depois de tudo o que aconteceu, de todos os obstáculos e caos que eu e Alexis enfrentamos, o dia havia finalmente chegado. A imagem no espelho era de uma mulher que eu mal reconhecia — uma versão de mim mesma que havia sobrevivido ao impossível. Vestida de branco, o vestido caindo delicadamente pelo meu corpo, rendas suaves adornando o tecido, eu parecia serena. Mas, lá no fundo, meu coração batia freneticamente.A porta atrás de mim se abriu devagar, e Vanessa entrou, seus olhos se arregalando ao me ver. O sorriso nos lábios dela era sincero, e por um segundo, todos os conflitos que tínhamos passado pareciam distantes.— Claire... você está deslumbrante — disse ela, sua voz carregada de emoção.Sorri de volta, nervosa. — Espero que Alexis concorde.— Ele vai perder o fôlego, isso eu te garanto — Vanessa riu, se aproximando e ajustando alguns detalhes no meu véu. Ela me olhou
ALEXIS GALLAGHEREu olhava para Claire, adormecida ao meu lado, o rosto relaxado, como se toda a tensão dos últimos meses finalmente tivesse se dissipado. Ela parecia em paz, e eu me peguei sorrindo, sem conseguir acreditar na sorte que tinha. Ela estava comigo, e nada mais no mundo importava.Há algum tempo, eu sabia que Claire era o amor da minha vida. Tudo o que havíamos enfrentado, cada obstáculo, cada momento de medo e incerteza, nos trouxe até aqui. Mas, ao mesmo tempo, havia uma nova certeza que crescia em mim a cada dia: eu precisava oficializar isso. Precisava mostrar a ela que nada, nem o caos do passado, poderia mudar o que eu sentia. Eu queria passar o resto da minha vida com ela.O plano estava na minha cabeça há semanas, e agora parecia o momento perfeito. Acordei com aquele pensamento fixo, e enquanto Claire ainda dormia, comecei a organizar o dia em segredo. Primeiro, mandei uma mensagem para o restaurante onde tudo começou — o nosso lugar. O cenário perfeito para o qu
CLAIRE LEBLANCRespirei fundo, sentindo o ar fresco da noite enquanto me encostava na cadeira acolchoada. A brisa suave balançava os fios do meu cabelo, e pela primeira vez em dias, semanas talvez, eu me senti... leve. A varanda do restaurante estava iluminada por luzes suaves que pendiam do teto, refletindo no brilho quente das velas que decoravam cada mesa. À nossa volta, a cidade parecia distante, como se fôssemos os únicos dois naquele pedaço do mundo.Eu olhei para Alexis, que, sentado à minha frente, brincava distraidamente com o guardanapo. A luz das velas dançava sobre os traços dele, deixando-o com uma aura quase etérea. Ele levantou o olhar, me pegando em flagrante o observando, e sorriu daquele jeito que fazia meu coração derreter todas as vezes.— Tá tudo bem? — ele perguntou, a voz suave, mas cheia de preocupação genuína. Esse era Alexis, sempre preocupado comigo, sempre carregando aquela doçura e aquela devoção quase irritante, mas, ao mesmo tempo, absolutamente necessár
GEORGE COLLINSEu sabia que estavam me observando, todos eles. Os advogados, os juízes, até aqueles malditos policiais ao redor, achando que tinham me derrotado. Eles não faziam ideia. Estavam todos tão certos de que eu estava quebrado, que o "tratamento" seria o fim. Estúpidos. Eu nunca quebro. Nunca perco.Eu ouvia os sussurros. Os cochichos irritantes sobre como eu havia "perdido a cabeça", como se qualquer um ali soubesse o que se passava dentro de mim. Nenhum deles entendia a realidade. Eles não sabiam o que eu sabia. Eles não viam o que eu via. Claire, ela era minha. Sempre foi.Olhei ao redor da sala, aquele cheiro abafado de julgamento, de falsa moralidade, enchia o ar. Um lugar cheio de gente fingindo que entendia a diferença entre o certo e o errado, como se vivessem em algum pedestal de pureza. Idiotas hipócritas.Meu advogado, um covarde miserável, estava ao meu lado, tentando falar comigo em voz baixa. "George, você precisa colaborar. Esse tratamento é a melhor saída pra
CLAIRE LEBLANCEu me senti flutuando, como se estivesse presa entre a consciência e a inconsciência, perdida em uma névoa densa que tornava tudo ao meu redor indistinto. Não havia dor, apenas uma sensação de vazio, uma leveza assustadora. Mas, mesmo nesse estado de entorpecimento, uma coisa permanecia clara em minha mente: o bebê. Meu bebê.Aos poucos, as vozes ao meu redor começaram a emergir. Eram abafadas, como se viessem de longe. Senti uma mão quente segurando a minha com firmeza, e me agarrei àquela sensação, como se ela fosse a única coisa que me mantivesse presa à realidade."Alexis," pensei, e a lembrança de seu rosto, ansioso e cheio de amor, me fez abrir os olhos.A luz branca do hospital me cegou por um momento, e eu pisquei repetidamente até que minha visão se ajustasse. Quando finalmente consegui focar, vi Alexis ao meu lado, segurando minha mão com tanta força que parecia temer que eu pudesse desaparecer a qualquer segundo. O rosto dele estava marcado pelo cansaço, e se
Último capítulo