EULÁLIA
— Ele te viu assim — disse entre os dentes.
Separei os lábios, surpresa, mas foi apenas por um momento. No minuto seguinte, recordei como teria sido miserável a minha existência se Ciro ainda estivesse vivo e aqueles humanos tivessem me tocado.
Engoli o nó que se formou na minha garganta, tentei me recompor antes que os olhos lacrimejassem, e sorri para ele.
— Wulfric… — ele já tocava minha cintura, barriga exposta e coxas.
— Ele te viu assim — repetiu, agora mais baixo, como se estivesse tentando se controlar.
Nunca o tinha visto tão perturbado antes. Por isso, tentei acalmá-lo, me esforçando para esquecer as coisas do passado e focar no presente.
— E não viu nada além de uma mulher parcialmente coberta. E ele é seu Beta, uma hora… uma hora ele iria presenciar um momento como este.
— E se ele quiser você? — apertou os dedos em minha pele.
“Não é possível, William não me tolera, não gosta da minha presença no castelo e já disse isso.” Os olhos de Wulfric estreitaram.
— Sempre