EULÁLIA
— Você quer proteger uma besta sangrenta.
— Usavam as mesmas palavras para falar de você.
Wulfric afastou seu rosto do meu e segurou meu queixo. Um ato possessivo e dominante.
— O que você quer? — perguntou sério.
Era meio decepcionante que um momento bom como o anterior havia se tornado uma medição de força de vontade contra a autoridade máxima.
— Você disse que cabia a mim escolher. Que eu poderia decidir. Mas você quer que eu faça o que você quer e não tenha opinião própria quanto a isso.
Os dedos dele apertaram minha pele onde estavam, meus braços e abaixo do queixo.
“O que há com você?” Apertei levemente os olhos tentando ler sua mente também.
Ele parecia querer entrar na minha alma. Mas então, apertou os lábios e deixou que os dedos voltassem a ser leves.
— Quer deixá-lo livre?
— Sabia que ele é apenas uma criança ainda? — não fui compreendida e isso me fez sorrir com graça.
— Ele foi forçado a crescer assim que aprendeu a falar. Ele sequer deve saber escre