47. NAS GARRAS DA BRUXA
PASSADO - POV: NATHANIEL
Meus braços e mãos estão presos, minhas costas pressionadas na pedra úmida de uma cela.
Não há nada além de um balde onde ocasionalmente posso fazer minhas necessidades e uma mesa de canto, onde ela coloca os objetos de tortura que usa em mim.
Eu gozo todas as vezes, e me odeio por isso.
O cheiro do incenso afrodisíaco se mistura com o do sedativo, que acende depois de limpar a cela ou após me foder com as mãos ou a boca.
Os cortes feitos pelas restrições do pescoço, pulsos e pés estão ficando mais fundos, mas parei de forçá-los após ela ameaçar trocar por algemas de prata.
Sinto vergonha por ter sido quebrado com tanta facilidade, mesmo meu pai dizendo que a tortura sempre vence o homem, é só questão de tempo e saber quais cordas puxar.
A bruxa sabe.
Ela não me alimenta ao acaso.
A comida só vem depois de tirar de mim o que quer.
Meu corpo responde a isso mais do que ao afrodisíaco, imagino.
Sou jovem, quero viver.
Vejo-me ansioso pela sua chegada, e sinto