Lukke Rock
Acordei com o som estridente do meu celular vibrando na mesa de cabeceira. Esfreguei os olhos e olhei para a tela. Era a minha mãe. O alívio imediato por saber que ela estava bem após o susto do dia anterior foi substituído pelo nervosismo que sempre sentia antes de nossas conversas. Não era medo, mas ela sabia exatamente como me desarmar com palavras.
— Bom dia, mãe — atendi com a voz rouca de sono.
— Bom dia, meu filho. Como está?
— Estou bem. E você? Atena me disse que passou mal ontem.
— Já estou ótima, não se preocupe. Aliás, conheci a sua filha ontem.
Soltei o ar que nem percebi estar prendendo.
— Conheceu, é? O que achou dela?
— Ela é um encanto, Lucas. Uma menina tão doce, tão esperta. E a tia dela… Atena, certo?
Meu coração disparou só de ouvir aquele nome.
— Sim, Atena.
— Que mulher incrível! Educada, firme… E linda.
Ri nervoso. Minha mãe nunca foi de medir palavras.
— É, mãe. As duas são lindas.
— E você está se apaixonando por ela, Luc