Acordei com um peso sobre os ombros literalmente. Olhei para os lados e, como esperado, as três mulheres da noite passada estavam espalhadas ao meu redor, emaranhadas entre os lençóis e com expressões de satisfação. Fiquei observando-as por alguns segundos, a lembrança das risadas e da diversão ainda fresca na memória.
— Bom dia, minhas queridas — murmurei, provocando.
Uma das três abriu os olhos e sorriu, puxando-me para perto e sussurrando algo no meu ouvido. Com a mão, fiz um gesto preguiçoso de que precisávamos começar o dia. O convite para mais uma “rapidinha matinal” quase saiu, mas o som de passos no corredor me interrompeu.
Desci até a cozinha depois de um tempo, seguido pelas garotas, que riam e cochichavam enquanto olhavam ao redor da casa. Estavam, claro, famintas. Assim que entramos na cozinha, encontrei a governanta parada ali, os braços cruzados e uma expressão levemente impaciente. Dona Mercedes era como uma segunda mãe para mim — uma daquelas mulheres fortes que você