Logo depois do café da manhã, Rubem saiu com o chefe da vila e alguns homens. Mônica ficou no povoado. Vendo que Aisha lavava roupas perto do tanque, decidiu se oferecer para ajudar.
— Você está grávida, não mexa com isso. Só fique aí sentada e me passe as roupas.
Aisha parecia mais preocupada com a "gravidez" de Mônica do que ela mesma, o que a deixou bastante sem jeito. Sem insistir, Mônica encontrou uma pedra para se sentar e ficou observando Aisha lavar as roupas enquanto conversavam.
— Dona, há quanto tempo vocês moram aqui?
— Quase trinta e nove anos.
— Tudo isso? — Mônica comentou, curiosa. — Muitas famílias aqui devem ter vivido décadas assim, não? Mas por que tem tão pouca gente no vilarejo?
Era estranho. Se naquele lugar havia plantas capazes de regenerar células e prolongar a vida, a lógica era que, em mais de trinta anos, a população deveria ter aumentado. No entanto, desde a noite anterior, Mônica tinha notado que havia poucos moradores e, principalmente, quase