Kevin estava transtornado. O hospital parecia um labirinto de corredores brancos, gélidos e totalmente desertos. A demora por notícias de Justine só o enfurecia.
Na sala de espera, Kevin mantinha os punhos cerrados e a mandíbula travada quando viu dois médicos passando por ali sem sequer o notar. Em silêncio, percebia a tensão no ar. A cada minuto sem notícia, ele ficava à mercê das dúvidas que o consumiam.
— Vão me deixar plantado aqui por quanto tempo, sem dizer nada? — Berrar foi a única forma de aliviar a angústia. — Com quem tenho que falar para ter notícias da minha esposa? — Ele estava irado, à beira de um ataque, e suas palavras eram como tiros.
Os médicos se entreolharam, mas ninguém se aproximou.
Foi quando o auxiliar de Kevin surgiu, apressado. A aflição de Miguel só aumentou a irritação de Kevin.
— Senhor, não consegui falar com o seu filho. A secretária dele disse que Bryan estava ocupado, mas deixei recado. — O assistente murmurou, tentando acalmá-lo.
Os olhos de Kevin