— Você ainda me ama? — Justine deu um sorriso lento e doce que quase derreteu a frieza do homem turrão.
 Ele moveu os lábios como se fosse dar uma resposta; contudo, escolheu o silêncio. Não estava pronto para admitir o que sentia.  Juntando as sobrancelhas, deitou na cama de barriga para cima. Mentalmente, estava amaldiçoando o momento em que a prima deu com a língua nos dentes.
 — Apague a luz! — pediu de forma ríspida.
 — O que foi, Kevin? Há uma hora, você estava tão gentil…
 — Não aconteceu nada. Você disse que queria descansar, então deite-se e durma.
 Era óbvio que aquele homem turrão estava perdido em uma miríade de emoções.
 — Está muito estressado. É por causa do Alessandro?
 — Devia ter me contado que ele estava te ameaçando…
 — E você acreditaria? Você não confiou em mim anos atrás — protestou Justine. — Tenho certeza de que também não confiaria se eu dissesse que ele e Beatrice tentaram me mandar para fora do país com nosso filho.
 — Mas você não pensou duas vezes antes