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Capítulo 139 Gravidez escondida
-Eu já sei de tudo, Mel. – Gui a chamou de volta ao presente.A voz dele a assustou tanto que ela quase deu um pulo da cadeira.- De tudo o que, Detetive Guilherme? – ela disfarçou, cortando um pedaço do bolo.- Carmem me contou que você passou mal, e que foi ao médico. - Ela não devia ter te contado isso. É particular. – ela respondeu irritada.- Não a leve a mal. Por mais que pareça invasivo, ela só está preocupada com você. Só tem um mês que você está aqui, e agora essa notícia. Até achei que era algum erro, que ela tinha entendido errado.- Também pensei assim. – ela sorriu docemente, levando as mãos ao ventre. – Mas os exames foram todos positivos.- Porra, Mel. – Guilher se levantou de uma vez, incomodado com a situação. O que era perfeitamente normal, afinal ele era pai. – Eu me lembro bem do médico dizer que era quase impossível que você ou Samanta engravidassem pelas vias naturais. Agora você está grávida de um homem na qual abandonou!- Eu nunca pensei que fosse possível.
Capítulo 140 Eu te Encontrei
Ícaro A cidade era pequena, mas parecia muito agitada e cheia de turistas. Enquanto dirigia pelas ruas apinhadas de gente, pensava na expressão de Samanta ao confrontá-la em sua casa.A cor desapareceu de seu rosto quando Ícaro disse que sabia que Amélia fugiu. A ex -namorada de Alberto tentou negar, dizendo que não sabia de nada e que também estava preocupada com a prima.Sem paciência, ele jogou as fotos dos registros de chamadas e mensagens sobre a mesa. E por último, uma cópia do extrato bancário da transferência do valor exato do prêmio que foi enviado para a conta de Samanta.Ela ficou sem palavras por alguns instantes, olhando para as fotos com os olhos marejados.Flashback On.“- Eu ...eu sinto muito Ícaro... Juro que não sabia que ela faria isso. Soube que ela fugiu somente dois dias atrás, quando o dinheiro caiu na conta.- E você não pensou em nenhum momento em me contar. – Não era uma pergunta, era uma constatação. - Quem ajudou com a fulga? Me diga o nome Samanta! Ele
Capítulo 141 Meu amor bruto e ferido
AméliaEla não conseguia desviar os olhos do corpo de seu amigo lutando para respirar. Não viu Ícaro se aproximar e prendê-la contra a parede. Só despertou do transe quando sua boca foi esmagada sob a dele.Seus lábios possessivos a invadiu, punindo com rigor seus lábios. Amélia sentiu seus pulsos formigarem de tanta pressão do aperto das mãos de Ícaro, que os mantinham acima de suas cabeças.Queria focar no homem machucado no chão de sua sala, mas tudo o sentia agora remetia a alívio, e saudade. Lágrimas transbordaram de seus olhos, e seu coração galopou em disparada. O amor que sentia por esse homem estava vibrando dentro dela, reverberando por sua pele e se deliciando com o gosto de sua boca, a pressão de seu corpo forte.Não se importou que Guilherme podia ver seu comportamento vergonhoso, não se importou quando Ícaro agarrou seu queixo com força, mordendo seus lábios. Suas pernas longas e musculosas se intrometeram entre as dela e no instante seguinte estava suspensa no ar,
Capítulo 142 Começando do início
Ela se sentou no sofá gasto de flores cor de rosa, e o observou arrastar uma cadeira para ficar de frente para ela. Seus olhos brilhavam intensamente, ele estava mais bonito que nunca. Entretanto, era possível ver as sombras sob seus lindos olhos, e a barba estava maior, sem o cuidado impecável de sempre.- Sei que não devia ter feito isso... que trai sua confiança.. – disse entre lágrimas. – Mas.. eu tenho certeza que o homem que me seguiu de carro na festa da Acrópole era o Fernando. Ela limpou o rosto com as mãos, sentindo todo o desespero que se apoderou dela naquela noite.- Eu .. eu não quis dizer nada.. mas sei que era ele. Meu instinto.. gravado dentro de mim ... - Você não me disse nada sobre suas suspeitas. – ele cruzou as pernas, sustentando seu olhar. – Voltou para casa e fizemos amor como se nada estivesse entre nós.As palavras dele eram como açoites ferozes, mas ela sabia que as merecia. Ela o feriu com sua partida, e agora vendo seu estado, entendia o quanto prejudi
Capítulo 143 Um primeiro encontro armado
Ela respirou fundo, evocando as lembranças sufocadas em seu íntimo.- Meu pai era um juiz de carreira, que acabou se tornando desembargador federal. Minha mãe era herdeira de uma fortuna enorme deixada por meus avós, e tem um conglomerado de indústrias de cosméticos. – puxou o ar com mais força. – Desde pequena, me lembro de pensar por que minha mãe não gostava de mim. Ela sempre dizia que eu era inadequada para ser sua filha, me dizia que precisava ficar longe da cozinha, e que meninas rechonchudas eram motivos de chacota. - O seu pai nunca disse nada sobre o comportamento dela? - Meu pai sempre me confortava, dizendo que ela cresceu com uma educação muito rigorosa, onde a imagem era tudo. Com o passar do tempo, eu fui crescendo e ficando cada vez mais gordinha. Acordava à noite para assaltar a geladeira, e quando era pega minha mãe me mandava para clínicas de emagrecimento. Nesses lugares sempre tinham terapeutas e psicólogos; todos eles diziam a mesma coisa, que eu comia porque t
Capítulo 144 Vamos a um lugar
ÍcaroEle se controlou o máximo possível para que seu corpo não expressasse a sua ira e a revolta cega que tomava conta de todos os seus sentidos. Essa nova informação era muito desconcertante e intragável.Amélia havia se levantado, para fechar a casa, ela queria sair para algum lugar. Entendia como ela se sentia, ele mesmo estava sufocado com as coisas que ela relatou, e o pior era saber que isso era só o começo.- Vamos? – ela chamou.Ela tinha substituído o shortinho de moletom e a blusa fina de alças estreitas, por uma calça jeans e uma camiseta larga cinza, e os tênis que ela usou para fugir de casa.Ícaro se levantou e pegou a mão dela. Saíram juntos para a noite fresca com cheiro de flores, o vento trouxe pétalas aos cabelos dela, enfeitando aquela seda escura brilhante. Puxou o ar satisfeito só por poder estar ao lado dela novamente.Ao cruzarem o portão baixo enferrujado, ele buscou as chaves do carro no bolso.- Não precisamos do carro. Quero te levar a um lugar. - Tudo
Capítulo 145 Como me casei
- Não. Ele sempre foi um cavalheiro durante o namoro. Minha mãe costumava dizer que ele tinha a elegância e a conduta de um membro da realeza.- Seu pai não percebeu o que esse cara estava fazendo?- Quando eu os apresentei, meu pai se opôs ao namoro. Mas eu lutei por ele, achava que meu pai estava querendo me manter infeliz dentro de casa a vida toda. Eu nunca parei para pensar, que na ocasião minha mãe aprovou o relacionamento como se eu finalmente tivesse feito alguma coisa certo.- Um pai deve lutar por seus filhos, mesmo que eles não entendam suas atitudes, mesmo que eles passem a ser odiados; devem cuidar de seus filhos. Seu pai desistiu muito fácil.- Acho que ele abriu mão de mim quando eu era só uma criança. – Amélia esfregou os olhos. – O Fernando logo o ludibriou, e ele se tornou mais um de seus amigos, e antes de nos casarmos eles já tinham firmado uma parceria que fez a carreira do Fernando decolar no judiciário.Amélia estremeceu em seus braços. Ele a abraçou com carinho
Capítulo 146 Eu não era sua esposa, era seu animal
AméliaOs olhos dela ardiam pelo choro descontrolado, mesmo assim era impossível impedir que elas rolassem. Represou aquelas memórias horríveis por tanto tempo, abafou suas emoções para seguir em frente e sobreviver. Agora, tudo o que queria era se livrar desse peso que esmagava seu peito. Queria dividir completamente sua história com o homem que amava.- Não me prometa nada sobre ele, eu só quero ficar com você. – ela disse fungando. – Preciso te contar o resto...- Estou te ouvindo, pequena. – ele beijou seus cabelos. – Quero que me conte tudo.- Naquela noite, ele me despiu e me colocou amarrada de pé dentro da banheira. Eu não tinha mais forças para emitir um som sequer quando ele começou a me chicotear. Foi uma longa noite..... – Amélia respirou fundo, suas cicatrizes ardiam como brasa viva. – Acordei no dia seguinte com um balde de água fria que foi jogado no meu rosto. Ainda estava amarrada, e mal conseguia abrir os olhos devido ao inchaço no meu rosto. Ele encheu a banheira d
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