Simon apontou diretamente para o pai, revelando a verdade sem rodeios:
— Esse rim que você carrega... foi transplantado da Zara. E o outro rim dela? Agora está dentro da Laila! Vocês dois — pai e filha — arrancaram os rins da Zara... e junto com eles, tiraram também a vida dela!
CLANG!
Laila derrubou a tigela de mingau em cima da mesa, o barulho ecoou seco no quarto.
Apressada, ela levou a mão à barriga, tentando desviar a atenção dos pais:
— Papai... mamãe... estou com dor no estômago... podem chamar a Bruxa da Cura, por favor?
Mas a mãe, que até então sempre a mimava sem restrições, agora permanecia imóvel, o rosto pálido como papel, como se não tivesse escutado uma só palavra.
— Você disse... que a Zara morreu? Como assim? Está inventando isso só para nos enganar?
De repente, como se tivesse encontrado uma brecha, ela sorriu com sarcasmo:
— Se ela só tinha um rim, como teria concordado em doá-lo à Laila? Isso é mais uma encenação! Além disso, fui eu que vi a cicatriz da cirurgia na