Vivian LimaApós uma visita ao enorme prédio onde será o hotel, me sento com a Alícia em uma cafeteria não muito longe, podendo ver o prédio. A mulher está animada e não esconde, falou durante o caminho todo, sem deixar toda sua elegância de lado e dar conselhos que eu não pedi.Estando com ela, falo somente o necessário.— Nathan quer que tudo esteja pronto se possível no final desse ano ou na segunda semana do próximo ano. — Fala como se eu não soubesse.Às vezes Alicia esquece que Nathan é o meu marido. Ou somente se faz esquecida. — É inebriante essa correria, mas dará tudo certo. Temos os melhores profissionais ao nosso lado e com dinheiro rodando tudo se torna possível. — Continua a tagarelar.Fazemos o nosso pedido. Penso em como esses meses passaram tão rápido, logo teremos as festas do final de ano. Sem contar com um grande começo na minha carreira, Nathan realmente quer que o hotel venha funcionar logo, não sei bem as suas expectativas, mas o meu medo acompanha. A responsab
Nathan LeBlancTudo parece ter voltado no primeiro dia que Mikael veio morar comigo. Ele se recusa a ir à escola, fica respondendo de forma malcriada, diz que não o amo e agora acusa a Maitê de ter roubado o seu lugar em minha vida. É desgastante, é difícil e sinto como se não tivesse controle de mais nada. E sinceramente quando realmente tive o controle de algo?Aquele sentimento de que errei com meu filho é grande, ao mesmo tempo que minha mente me mostra os momentos certos do ocorrido, é como se tudo sumisse e começa a me questionar quando que deu errado.Encosto contra a porta fechado do quarto, deitando na minha cabeça para trás e respiro fundo.— Deu para ouvir. — escuto a voz da Vivian.— Então sabe que ele não vai para escola hoje também.O peso em meu corpo é grande, o sentimento de ser o pior pai do mundo paira.— Sinto muito.— A culpa não é sua.Vivian tem sido um anjo na minha vida e é de admirar sua paciência.— Conseguimos fazer as coisas darem certo antes…— Foi tempor
Nathan LeBlanc Entro em casa ouvindo o choro de Maitê, deixo minha pasta em cima do sofá e sigo para a cozinha onde encontro com Dylan e alguns funcionários. Assim que Maitê me ver, estica seus bracinhos querendo colo, a pego. Conversando com ela aos poucos vai se acalmando e todos ao redor parecem que ficam calmos também.— O que aconteceu? Cadê a Vivian? — Quando Maitê chora nessa intensidade, somos os únicos que consegue acalmá-la.E não vejo nem sequer a sombra dela.— Está com o Mikael no quarto. — Um dos funcionários diz.Não preparado para saber o que aconteceu, libero eles, Dylan morde o canto da boca e não me olha diretamente. A sós, continuo ninando Maitê em meu colo. Muita coisa para deduzir, mas não vou ficar vivendo de hipóteses.— Dylan? — Chamo a sua atenção. — Me diz o que aconteceu.Seus ombros se encolhem e vejo a culpa em seu rosto.— Eu… fui no quarto pegar um brinquedo novo. — Continua de cabeça baixa. — Quando voltei, Mika e Maitê não estavam mais na sala. Maitê
Vivian LimaEm um estalar de dedos a vida andou, o fim de ano nunca foi tão agitado em minha vida, nem mesmo quando trabalhava no hotel. Mas há a construção de um, realmente quem tem dinheiro consegue fazer as coisas avançarem rápido. Tudo muito louco e gostoso de sentir.Dylan e Mikael foram ficar com a mãe. Houve uma promessa entre Dylan e Nathan que caso o menino quisesse vir embora, ele iria buscá-lo. O Natal havia passado e parece que as coisas andam muito bem por lá. Nathan fica resmungando pelos cantos, Maitê consola ele, esses dois estão muito dramáticos.Sinto falta dos meninos, mas quero acreditar que essa ida foi bom para eles.Nosso Natal e Ano novo foi na presença da família LeBlanc, minha sogra e eu temos nossos atritos, mas conseguimos sobreviver. Meu coração estava a mil, porque a cada dia que passava era um passo a mais perto do hotel ficar pronto.Nathan é meu apoio emocional, tirando tudo que já fez por mim, mas não quer se envolver diretamente nessa minha fase de n
Vivian LimaO grande dia chegou, as portas estão abertas. Cumprimento as pessoas que nunca vi na minha vida, o salão de festas está do jeito que imaginei e cada um da lista estava presente. Os quartos estão 95% cheios, faltando aqueles que estão vindo de lugares distantes, sei que muitos estão presentes por curiosidade e status. É algo que nesse mundinho dos ricos tenho visto o quanto é importante manter o status para algumas pessoas.Às vezes tendo a sua vida financeira ou familiar nem tão bem assim.Nathan se aproxima com uma taça de champanhe em mãos.— Estou pensando seriamente em me mudar para esse hotel. — olha para sua taça. — me apaixonei por esse lugar.Estreito os meus olhos em sua direção.— O lugar ou a bebida em sua mão?Ele faz uma careta, fingindo ter sido pego.— Hum, isso daqui está bom demais!Ri.— Tive que ir a fundo e buscar algo fora do mercado.— Está de parabéns, Sra. LeBlanc. — ganho um beijo rápido e ele começa a se afastar.— Ei, onde vai?Ele ergue a taça n
Vivian LimaO vento frio bate em meu rosto, não sendo o suficiente para afastar as lembranças. Meu peito dói, dói o quanto pude ter sido burra de não perceber que meu noivo e minha irmã eram amantes. Fui deixada no altar, parece que no último segundo meu ex teve coragem o suficiente para fugir com a cunhada. Chega a ser hilário a minha situação, em um momento minha vida está perfeita com pouco meses de vida e sendo a alegria de nossa família. No outro, seu pai decide viver uma vida longe de nós. Me abandonando no altar e esquecendo da existência de sua filha. Não os vejo desde então, faz quatro meses.Quatro meses, abandonada no altar.Quatro meses que minha filha não ver o pai.Quatro meses lutando para deixar o passado no passado.Mas a vida precisa continuar, não? Minha menina de seis meses precisa da mãe sendo forte. Engoli em seco e fecho meu casaco, saio da varanda do restaurante adentrando o hotel. Sou a gerente de um dos hotéis mais famosos do Rio de Janeiro, a responsabilidad
Nathan LeBlanc A chegada no Brasil não poderia ter sido mais calorosa, o calor do lugar me faz sentir saudades do frio de Nova York. Dylan é o que mais sente falta, meu filho esteve no Brasil uma vez. Era tão pequeno que não se lembra, tinha 2 anos e ainda pequeno não gostava do calor do país. Estamos de volta, a trabalho preciso participar de algumas conferências e ele está ciente do meu tempo corrido. Dessa vez, quis viajar comigo. Como agora mora permanente comigo, Dylan tem participado das viagens de negócio que faço. Não quis ficar com meus pais, ou com a mãe. Pensar na Bárbara faz minha cabeça doer, conseguindo me estressar mais do que o incidente na recepção.Vivian está como uma estátua, a mantenho junto a mim. Como não tenta se afastar, não a solto. A mulher será facilmente esmagada nesse elevador, é lentamente liberado espaço, mas chegando no meu andar que estou hospedado não havia soltado Vivian. A mulher da pele bronzeada em tom escuro é bonita e quando nos falamos na rec
Vivian LimaColoco as mãos na cintura e estreito meus olhos para o pequeno garoto que se aproximava. Dylan dá um sorriso tímido, sua babá o acompanhava e encolhe os ombros em um pedido de desculpas. Ontem não consegui arranjar ninguém que pudesse cuidar do Dylan, não deixaria o garoto trancado no quarto, precisava trabalhar e o que me restou foi levá-lo junto. Que Nathan não descubra que coloquei o filho dele para trabalhar junto, Dylan não é muito de falar, mas chegou uma hora que não podia mover um dedo e ele soltava uma pergunta. Ele queria saber o que eu fazia, então mostrei na prática.E esse menino é espetacular, não é uma criança mimada e com frescura. Fomos a cada canto do hotel, precisava acompanhar alguns trabalhos pessoalmente e ele até me lembrou na hora certa do buffet que foi contratado e eu precisava supervisionar.— Oi, gatinho.— Oi, Tia Vivian. — Me abraça e beijo sua cabeça.— Você me prometeu que hoje iria fazer coisas de criança. Tem uma piscina maravilhosa te esp