Na manhã seguinte, ela não conseguiu se levantar. Julia, que chegou cedo para levar as crianças à escola, presumiu que Bianca já havia saído para trabalhar e se retirou com os pequenos. Bianca, com o corpo dolorido, mal conseguiu abrir os olhos. Espirrou algumas vezes, confirmando o que temia: a imprudência da noite anterior havia cobrado seu preço. Ela não tinha medicamentos, então se obrigou a se vestir. Seu corpo se queixava a cada movimento, mas ela não tinha outra opção a não ser ir à farmácia.
Enquanto caminhava pelas ruas, notou vários olhares curiosos. No entanto, não lhes deu atenção; não se importava. Só queria chegar à farmácia e conseguir algo que a aliviasse. Nem sequer havia avisado no trabalho. Não tinha energia para pegar o telefone.
Entrou na farmácia, aproximou-se do balcão e explicou ao homem o que precisava.
— Olá, preciso de algo para um resfriado, por favor. Estou com febre e me sinto muito mal — emitiu, tentando manter a voz firme apesar de sua fraqueza.
O farma