Kieran
O silêncio dura menos de um segundo depois que o mensageiro termina de falar. É o suficiente para que algo dentro de mim mude de lugar.
O ar pesa. O cheiro de medo se espalha pela sala. Fenrir se ergue com força, os dentes roçando a minha mente como lâminas afiadas.
— “Ele tocou no que é nosso.”
— Eu sei. — respondo por dentro, já em movimento.
O corpo do mensageiro ainda está ajoelhado no chão quando me viro para a sala inteira.
— Todos para fora. Agora.
Ninguém questiona. Nem o Conselho. Nem os Anciãos. Nem os soldados mais antigos. A energia que sai de mim não permite dúvida. Um a um, eles saem, deixando apenas quem importa.
Meu Beta, Aron. Dois generais. Três capitães de patrulha. E Melissa.
Alguns Anciãos tentam argumentar com o olhar quando percebem que ela não se move.
— Luna não participa de conselho de guerra. — um deles murmura.
Eu viro devagar.
— Ela é a guerra. — digo, seco. — Ou ela fica… ou vocês saem.
Silêncio absoluto. Fenrir rosna, satisfeito.
— “Finalmente.”
O